19 de Maio de 2024 • 19:51
Política
O candidato a vice também comentou as críticas que tem recebido por parte de setores da própria campanha, segundo as quais ele estaria querendo substituir Bolsonaro.
O general da reserva Hamilton Mourão (PRTB), vice de Jair Bolsonaro. / Fotos Públicas
Um dia após declarar que defende uma Constituição não elaborada por pessoas eleitas, o general da reserva Hamilton Mourão (PRTB), candidato a vice-presidente na chapa de Jair Bolsonaro (PSL), reagiu às críticas de que teria uma postura antidemocrática. "Não sei por que eu sou antidemocrático. Mas, tudo bem, deixa pra lá. É um carimbo que querem colocar em mim, que eu rejeito", declarou. E completou: "Se eu fosse antidemocrático, não estaria participando de uma eleição. Estaria limpando as armas e aguardando o momento".
Mourão disse que sempre fala em suas palestras que existe um consenso dos pensadores brasileiros que a Carta de 88 é um problema. "Seria muito bom que pudéssemos trocá-la. Mas, todo mundo sabe muito bem que o presidente da República, por si só, não tem esse poder. As pessoas têm de ter consciência disso. O pessoal não gosta, acha um absurdo, mas eu tenho direito de externar a minha opinião", comentou, citando a candidata da Rede ao Planalto, Marina Silva, que o criticou. "É um direito dela."
Mourão falou à reportagem, por telefone, ao desembarcar em Manaus nesta sexta-feira, 14, antes de fazer uma palestra para 300 empresários. O candidato a vice também comentou as críticas que tem recebido por parte de setores da própria campanha, segundo as quais ele estaria querendo substituir Bolsonaro. "O pessoal dispara tiro pra tudo que é lado", minimizou. "Eu estou fazendo minha parte. Como eu vou tomar o lugar dele? O candidato é ele", disse.
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