07 de Maio de 2024 • 04:41
A Corregedoria-Geral do Município na gestão Gilberto Kassab (PSD) já investigava irregularidades praticadas por Ronilson Bezerra Rodrigues, ex-subsecretário de Finanças preso nesta quarta-feira, 30, desde setembro do ano passado. A apuração sobre o esquema milionário de desfalque aos cofres públicos não avançou. O ex-prefeito, porém, afirma que, "embora desconheça a investigação em curso na Secretaria de Finanças, apoia integralmente a apuração e, se comprovada qualquer irregularidade, defende a punição exemplar de todos os envolvidos".
Os indícios que recaíam sobre Rodrigues também estavam relacionados à evolução de seu patrimônio. De acordo com Edilson Mougenot Bonfim, corregedor da gestão Kassab, durante sua apuração "não havia elementos" que levassem a uma notificação oficial no Ministério Público Estadual, porque a denúncia era "vaga". Ele, no entanto, afirma que deu prosseguimento à investigação e colaborou com a promotoria.
"Essa investigação começou comigo", afirma. Bonfim diz que o sistema de cruzamento de dados dos salários com o patrimônio dos servidores não existia enquanto esteve à frente da Corregedoria-Geral. "Comecei a perguntar sobre o patrimônio de Bonfim, mas não havia esse sistema que cruza o patrimônio dos servidores", disse.
Kassab, em nota, afirma que sua "gestão se pautou pela correção na administração da máquina pública e transformou as ferramentas de transparência em uma política de governo, permitindo que todos os paulistanos tivessem acesso a contratos de obras e serviços e iniciou a implementação do sistema de licenciamento eletrônico, cujo objetivo final era permitir que qualquer interessado pudesse acompanhar em tempo real a tramitação de projetos de reforma e construção na cidade de São Paulo".
O ex-prefeito diz também que dava "total autonomia aos secretários de governo para montar suas respectivas equipes" e que "tem certeza de que todos se colocarão à disposição das autoridades competentes" para prestar esclarecimentos.
Punição
Secretário municipal de Finanças na época em que o esquema funcionou, o atual secretário de Fazenda de Salvador, Mauro Ricardo, negou envolvimento com o esquema de fraudes e disse esperar "que a Justiça cumpra seu papel de punir os eventuais responsáveis".
O sindicato da habitação (Secovi), entidade que reúne as incorporadoras da cidade, também foi ouvido pelo Ministério Público na investigação e disse que suas associadas desconheciam o esquema de corrupção. A entidade enviou nota em que afirma que "aceitou colaborar" com as investigações, "mantendo sigilo das informações".
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