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Após críticas de Eduardo Bolsonaro, Mourão defende relação com a China

Vice-presidente defendeu a relação bilateral entre o Brasil e o país asiático e minimizou acusação de Eduardo Bolsonaro sobre tecnologia 5G da China

Gazeta de S. Paulo

Publicado em 26/11/2020 às 15:40

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O vice-presidente Hamilton Mourão / Fabio Rodrigues Pozzebon/Agência Brasil

Após as trocas de críticas entre o deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) e a embaixada da China, o vice-presidente Hamilton Mourão (PRTB) defendeu nesta quinta-feira (26) a relação bilateral entre o Brasil e o país asiático.

Na abertura de um seminário do Conselho Empresarial Brasil-China, Mourão lembrou que as exportações brasileiras ao país devem bater recorde em 2020, mesmo com a pandemia.  "A China é nosso maior parceiro comercial desde 2009. A crise mundial gerada pela pandemia do Covid-19 não alterou esse quadro, ao contrário: as autoridades chinesas estimam que a importação de produtos brasileiros baterá recorde em 2020, contrastando com o contexto de desaceleração generalizada do comércio internacional", disse o vice-presidente.

"A complementaridade entre as economias de Brasil e China oferece bases sólidas para expandir e diversificar a relação nos mais diferentes setores", complementou.

Acusação sobre 5G
Na noite de segunda-feira (23), Eduardo Bolsonaro destacou em suas redes sociais que o Brasil endossou iniciativa dos Estados Unidos para manter a segurança da tecnologia 5G -cujo leilão deve ser no início do ano- "sem espionagem da China".

"O governo Jair Bolsonaro declarou apoio à aliança Clean Network, lançada pelo governo Donald Trump, criando uma aliança global para um 5G seguro, sem espionagem da China", escreveu.

"Isso ocorre com repúdio a entidades classificadas como agressivas e inimigas da liberdade, a exemplo do Partido Comunista da China", completou o deputado.

No dia seguinte, o parlamentar apagou a postagem. Ainda assim, a embaixada chinesa no Brasil respondeu e defendeu que Eduardo e outros críticos do país asiático deveriam abandonar a retórica da extrema-direita norte-americana, para evitar "consequências negativas".

A embaixada disse que o deputado acusou a China de fazer espionagem cibernética e ressaltou que ele defendeu iniciativa que discrimina a tecnologia de 5G chinesa. "Tais declarações infundadas não são condignas com o cargo de presidente da Comissão de Relações Exteriores da Câmara dos Deputados", afirmou a representação diplomática.

Mourão foi questionado se as declarações de Eduardo prejudicam a relação. Ele minimizou o episódio. "Exatamente o que você falou, [é] declaração, nada mais do que isso. Estamos trabalhando de forma objetiva, entrando em contato com nossa contraparte da China. Então isso aí, a gente segue nosso trabalho normal aqui no governo", disse.

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