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MERCADO ADULTO

Sexo vende! Casais faturam alto em plataforma para maiores de 18 anos

Explorando fotos e vídeos explícitos, eles expõem fetiches e agradam a audiência

Da Reportagem

Publicado em 29/01/2024 às 14:28

Atualizado em 29/01/2024 às 17:30

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No Brasil, o chamado mercado adulto é um dos que mais cresce / Divulgação

Casados há 17 anos, a publicitária Mariah* e o administrador de empresas Cristian* têm uma rotina atribulada de trabalho, cuidam dos filhos, afazeres domésticos e tudo aquilo que um casal está acostumado a lidar. Mas se alguns escolhem dar uma volta no clube para espairecer, eles dão um outro jeito: a cada 15 dias, dedicam um tempo às suas aventuras liberais. A mais comum delas é conhecer outros homens para que Mariah* transe com eles na frente de seu marido, que é adepto do fetiche do cuckold.

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Esses encontros costumam ser gravados, com o consentimento dos parceiros obviamente, formando um grande acervo pessoal que há um ano o casal resolveu pôr à venda na internet. Para isso, o casal encontrou o Buupe, uma plataforma 100% brasileira que reúne mais de 320 mil fãs e criadores de conteúdo adulto explícito. Mais que isso, o site é uma autoridade na comunidade que reúne milhares des Cuckolds e Hotwives (como são chamadas as esposas), entre outros fetiches. Assim eles não sofreriam com uma possível censura e encontrariam a audiência perfeita.

No Brasil, o chamado mercado adulto é um dos que mais cresce. Para ser ter uma dimensão do tamanho do público interessado no conteúdo erótico amador, em 2023 o Buupe cresceu 87%, chegando à marca de 179 mil posts realizados e movimentando mais de R$4 milhões, se destacando no nicho.

De acordo com a Community Manager da plataforma, Maíra Fischer, um dos diferenciais da plataforma é a flexibilidade para que, em uma única conta, os vendedores possam oferecer assinaturas, packs avulsos e conteúdos gratuitos. “Nossos criadores também são presenteados pelos fãs com mimos de R$5, 10, 15 ou 20”, explica.

Outro casal que também encontrou no Buupe uma maneira de ganhar dinheiro vendendo conteúdo erótico é a gestora financeira Kris* e o empresário Júnior*. Eles estão casados há oito anos e, desde 2022, fazem sucesso na plataforma. Ela conta que a ideia partiu do marido, que começou a convidá-la para assistir vídeos  de mulheres transando com outros homens na presença de seus companheiros. “No início eu fui um pouco resistente, mas depois que aconteceu a primeira vez nunca mais paramos e hoje eu amo ser a hotwife dele”, diz.

PRAZER E DINHEIRO.
Em dois anos, a média de faturamento mensal do casal Kris* e Júnior* é de R$10 mil, mas ela conta que em meses que o casal consegue produzir e postar mais, eles alcançam a quantia de R$13 mil. “Estamos no meio liberal há um tempo, mas a criação de conteúdo aconteceu há apenas dois anos, então, no início foi um pouco complicado conseguir separar nossa vida pessoal do conteúdo porque para nós sempre foi por prazer e nunca por dinheiro. Mas, conforme o número de assinantes foi aumentando, nós fomos aprendendo a organizar e a administrar melhor essas coisas”, contam.

Sobre a vida íntima do casal fora as gravações, Kris* diz que mudou para melhor, que sempre tiveram uma vida sexual ativa, mas que depois que começaram a gravar e compartilhar seus vídeos, o tesão, o amor, o companheirismo e cumplicidade aumentaram. “Tudo isso só colabora para que a cada dia mais o nosso tesão só aumente, principalmente depois de um encontro, meu corninho fica louco para usar e abusar de mim depois que outro acabou de fazer isso”, afirma.

Mariah* conta que o retorno financeiro que o site traz não é a renda principal da casa, já que ela e o marido têm outras ocupações, mas que ela pode gastar consigo mesma. “Eu invisto em mimos, lingeries, bolsas, sandálias, motéis e baladas”, diz.  Ela também ressalta que ter o perfil no site também serviu como incentivo e desafio para fazer algo novo, mas  que isso não leva-os a fazer nada que eles não queiram. “A proximidade dos fãs com a gente é real, então já surgiram sugestões de coisas que não tem a ver com a gente, então temos a liberdade de simplesmente falar ‘Olha, isso não faz parte das nossas fantasias’”, diz.

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