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Sindical e Previdência

Petroleiros cruzam os braços em greve de protesto na Baixada

Mobilização, com atraso de até 2 horas na entrada em serviço, fez parte do Dia Nacional de Luta

Pedro Henrique Fonseca

Publicado em 13/06/2015 às 11:07

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Os petroleiros da Baixada Santista fizeram ontem uma greve de protesto e  suspenderam o trabalho por duas horas nos terminais Transpetro da Alemoa, em Santos, e de Pilões, em Cubatão. A greve fez parte do Dia Nacional de Luta pela Reincorporação da Transpetro e contra a Privatização da Petrobras.

A mobilização começou por volta das 7 horas, quando os petroleiros promoveram uma  assembleia em frente aos terminais de Santos e Cubatão. A greve atingiu todo País com a mobilização sendo o jeito diferente da categoria comemorar os 17 anos da Transpetro.

No Litoral Paulista, os três terminais da Transpetro foram afetados. Na Baixada Santista, os protestos  aconteceram sob forte chuva. Em Cubatão, no terminal Pilões, os trabalhadores atrasaram o expediente em quase duas horas com 100% de adesão (turno, ADM e terceirizados).

Na Alemoa, em Santos, também houve atraso. No litoral norte, em São Sebastião, os trabalhadores de turno atrasaram a entrada em aproximadamente uma hora.

O Sindicato dos Petroleiros do Litoral Paulista (Sindipetro/LP) informa que, em nível nacional, os sindicatos da Federação Nacional dos Petroleiros (FNP) se integraram em peso às mobilizações.

Interior

Ainda no estado de São Paulo, em São José dos Campos, os trabalhadores da Transpetro Taubaté decidiram, em assembleia, pela paralisação de 24 horas. Na Revap, em solidariedade, os trabalhadores de turno e administrativo realizaram atraso de duas horas.

No Rio de Janeiro, houve atrasos no Terminal Aquaviário da Baia De Guanabara (TABG) e no TEBIG, em Angra dos Reis, onde os trabalhadores debateram por uma hora a crise da companhia com o Sindicato.

Greve nacional foi realizada também contra a privatização da Petrobras (Foto: Luiz Torres/DL)

As razões dos protestos

Em nota, o Sindipetro explica que os protestos de ontem são fruto de um fatiamento da Petrobras no Governo FHC (PSDB), após a quebra do monopólio estatal do petróleo, o aniversário da Transpetro coincide com um período de profundo desmonte do Sistema Petrobras, orquestrado através do plano de desinvestimento que tem sido usado como resposta à crise da empresa e ao escândalo Lava Jato.

Se nos governos do PSDB a tática era a privatização direta, desde os governos do PT esse plano foi mantido com uma estratégia diferente: leilões, terceirização, venda de ativos e endividamento da empresa.

Pacote

No novo pacote anunciado pela presidente Dilma Rousseff (PT) e pelo atual presidente da estatal, Ademir Bendine, os indícios apontam para a privatização da Transpetro, assim como de outras unidades e subsidiárias da Petrobras.
Além da venda de ativos, o plano ainda inclui medidas de arrocho para os trabalhadores e freio nos investimentos das obras em curso e de novos projetos.

“Os trabalhadores petroleiros já enfrentaram os governos Collor, FHC e até o exército contra o desmonte da Petrobras. É hora mais uma vez de reagir e lutar, agora para derrotar o plano de privatização do governo Dilma PT. Não vamos deixar que vendam nossos empregos, nossas riquezas e nossa independência. Digamos não à privatização. Reincorporação da Transpetro já! Por uma Petrobras 100% Estatal!”, diz o texto da nota.

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