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Santos

Agressão a cadeirante em Santos chega à Corregedoria da Polícia Militar

Por considerar suposto crime militar, a Promotoria de Justiça de Santos encaminhou para investigação da PM-SP

Carlos Ratton

Publicado em 29/04/2024 às 07:00

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Rogério Aparecido Pereira dos Santos é vinculado a vários conselhos municipais e entidades ligadas à Direitos Humanos / Nair Bueno/DL

Por considerar suposto crime militar, a Promotoria de Justiça de Santos encaminhou para investigação, à Corregedoria da Polícia Militar do Estado de São Paulo, o caso do cadeirante Rogério Aparecido Pereira dos Santos, que foi agredido por um policial militar na orla de Santos, no início do ano. O Diário publicou com exclusividade o caso em 27 de janeiro.

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Santos é vinculado a vários conselhos municipais e entidades ligadas a Direitos Humanos, como o Movimento Nacional de Luta e Defesa da População em Situação de Rua. Ele é assistido por um dos abrigos da Prefeitura.

Na madrugada do dia 16 de janeiro, Rogério Santos resolveu passar a madrugada no calçadão do Boqueirão quando foi abordado pelo policial militar que pediu seus documentos mas, antes, perguntou se Santos teria alguma passagem policial.

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"Eu disse que sim e ele me perguntou se eu fazia parte de alguma facção. Eu disse que não e que nada teria a ver comigo. Aí passei a ser xingado e, quando eu falei que conhecia meus direitos e que seria integrante de conselhos e outros órgãos, ele me deu o primeiro tapa. Os demais (dois) vieram sequencialmente, principalmente quando eu disse que, por pagar impostos, eu estava pagando o salário dele e isso não dava o direito de ele me agredir sem motivo", narra, alertando que o outro policial nada fez e que pediu ajuda para uma guarda municipal, que teria registrado o ocorrido.

ROTINA.

Na época da agressão, a coordenadora do Movimento Nacional de Luta e Defesa da População em Situação de Rua e diretora do Jornal Vozes da Rua, Laureci Elias Dias, a Laura Dias, disse à Reportagem que agressão a vulneráveis eram rotina na ação dos policiais na então Operação Verão. Antes, um outro vulnerável tinha sido agredido em São Vicente.

O rapaz participava do Fórum PopRua Baixada Santista, no Espaço Multicultural de São Vicente, na praça 22 de Janeiro, próximo à Biquinha. O caso foi registrado na Delegacia Sede do Município e a Corregedoria da Polícia foi comunicada.

O Fórum fomentava apoio e reinserção produtiva da pessoa em situação de rua e, por isso, reuniu não só pessoas vulneráveis mas também técnicos de diversas prefeituras da Baixada Santista.

No momento em que ele foi buscar outros vulneráveis para ter acesso ao lanche que estava sendo distribuído, policiais militares o abordaram.

A Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo (SSP-SP) já se manifestou sobre os dois casos, revelando que não havia localizado registros com as informações enviadas pela Reportagem e que Corregedoria estaria disposição para a formalização de denúncias sobre agressões.

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