26 de Abril de 2024 • 09:47
Michel Temer deve atuar pessoalmente nas próximas duas semanas para conquistar votos de parlamentares indecisos na CCJ / Marcelo Camargo/Agência Brasil
Na tentativa de demonstrar força política para barrar a denúncia em plenário, o presidente Michel Temer deve atuar pessoalmente nas próximas duas semanas para conquistar votos de parlamentares indecisos na CCJ (Comissão de Constituição e Justiça).
Pelo cálculo do Palácio do Planalto, hoje o presidente conta com o apoio de 34 dos 66 deputados federais titulares da comissão parlamentar. A meta é ter pelo menos 40 votos, o que daria uma margem de segurança para obter um relatório favorável contra a denúncia por corrupção passiva.
O governo peemedebista estima haver 18 deputados federais da base aliada indecisos, de partidos como PSDB, PSD, DEM e PR. A ideia é que o peemedebista se reúna pessoalmente com aqueles que o Palácio do Planalto identifica tendência de voto favorável ao peemedebista.
O foco de atuação do peemedebista será parlamentares da base de aliada de partidos como PSDB, PSD, DEM e PR. A ideia é que o peemedebista se reúna pessoalmente com os parlamentares indecisos em relação aos quais o Palácio do Planalto identifica tendência de voto favorável ao peemedebista.
Os ministros da área política também participarão da ofensiva. Na semana passada, o presidente prorrogou prazo de pagamento de emendas parlamentares impositivas referentes ao exercício financeiro de 2015.
Para aprovar um eventual relatório contra o prosseguimento da denúncia, o presidente precisa da maioria simples dos presentes na sessão parlamentar.
Como mostrou levantamento feito pela Folha de S.Paulo, a base governista, no entanto, tem evitado declarar apoio ao presidente na votação da denúncia criminal apresentada pela PGR (Procuradoria-Geral da República).
Entre os parlamentares peemedebistas, o número dos que se declararam contrários ao prosseguimento da denúncia é igual ao daqueles que afirmaram não ter posição formada a respeito do caso: 18.
No DEM, partido do presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (RJ), nenhum parlamentar declarou que votará contra a denúncia.
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