X

Política

Temer vira réu em São Paulo no caso da reforma em imóvel da filha

Os procuradores afirmam que o ex-presidente usou dinheiro obtido em esquemas de propina junto à JBS e Odebrecht e na estatal Eletronuclear para promover a obra no imóvel

Folhapress

Publicado em 04/04/2019 às 18:32

Atualizado em 04/04/2019 às 18:34

Comentar:

Compartilhe:

A-

A+

O presidente Michel Temer virou réu em São Paulo no caso da reforma em imóvel da filha / Divulgação/Fotos Públicas

A Justiça Federal em São Paulo decidiu nesta quinta-feira (4) tornar réu o ex-presidente Michel Temer pela acusação de lavar dinheiro de propina por meio da reforma da casa de uma de suas filhas, Maristela Temer. A denúncia é um desdobramento de apurações da Lava Jato e foi apresentada pelo Ministério Público Federal em São Paulo na última terça.

Os procuradores afirmam que o ex-presidente usou dinheiro obtido em esquemas de propina junto à JBS e Odebrecht e na estatal Eletronuclear para promover a obra no imóvel, que fica na zona oeste de São Paulo.

O juiz Diego Paes Moreira, da 6ª Vara Criminal de São Paulo, escreveu em despacho que a acusação do Ministério Público deve ter continuidade por ser lastreada em indícios mínimos de autoria e de materialidade.

Também viraram réus Maristela Temer, o coronel da PM de São Paulo João Baptista Lima Filho e a mulher dele, Maria Rita Fratezi. O casal providenciou etapas da reforma e fez pagamentos a fornecedores. A reforma, feita entre 2013 e 2015, teve custo estimado pelo Ministério Público Federal em R$ 1,6 milhão.

Esta é a quarta vez que o emedebista vira réu desde a semana passada. Ele é acusado no DF de se beneficiar da entrega de uma mala com R$ 500 mil a um ex-assessor e, em dois processos no Rio, se tornou réu sob suspeita de desvios na Eletronuclear.

Os quatro casos são derivados de apurações iniciadas quando o emedebista ainda estava na Presidência, deflagradas depois da delação da JBS, em 2017. Com o fim do mandato dele, as denúncias que já estavam formuladas e as apurações em andamento foram enviadas à Justiça Federal de primeira instância no DF, Rio e em São Paulo.

Temer ficou preso por quatro dias em março por ordem do juiz fluminense Marcelo Bretas, mas conseguiu habeas corpus na segunda instância. O Ministério Público recorre e defende que ele volte à prisão.
O ex-presidente tem negado todas as acusações.

Após a divulgação da denúncia, na terça, os advogados Cristiano Benzota e Maurício Leite, que defendem Lima e Fratezi, afirmaram que houve precipitação dos procuradores, já que a Procuradoria-Geral da República estava com esses casos anteriormente e entendeu que não havia provas suficientes.

VEJA TAMBÉM

ÚLTIMAS

Cotidiano

Imigrantes e Anchieta têm mais de 15 km de congestionamento

Questão se dá pelo alto fluxo de veículos

Brasil

Cheias no Sul podem comprometer abastecimento de alimentos no Brasil

Especialista aponta que plano de ação governamental precisa conceder crédito emergencial e ampliar acesso ao seguro agrícola

©2024 Diário do Litoral. Todos os Direitos Reservados.

Software

Newsletter