28 de Maio de 2024 • 23:55
As faixas etárias e de renda mais influenciadas pelo apoio de Lula também são as que menos sabem que Haddad é o seu nome na disputa. / Antonio Cruz/Agência Brasil
Desde que Fernando Haddad foi oficializado candidato do PT, no último dia 11, a parcela dos eleitores que dizem conhecê-lo subiu de 65% para 74%, e dos que sabem que ele é o nome apoiado pelo ex-presidente Lula cresceu de 39% para 64%.
Os números são da última pesquisa Datafolha, feita entre os dias 18 e 19, com 8.601 pessoas em 323 municípios, e divulgada nesta quinta-feira (20). O levantamento, registrado no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) com o número BR-06919/2018 e encomendado pela Folha de S.Paulo e a pela TV Globo, tem margem de erro de dois pontos e nível de confiança de 95%.
Haddad, no entanto, ainda é menos conhecido que os outros quatro candidatos mais bem posicionados na disputa. Segundo a última pesquisa, 91% dizem conhecer Marina Silva (Rede), enquanto 87% afirmam saber quem é Geraldo Alckmin (PSDB) e 86%, Jair Bolsonaro (PSL) e Ciro Gomes (PDT).
Na pesquisa divulgada nesta quinta, Bolsonaro lidera as intenções de voto, com 28%, seguido de Haddad, com 16%, e Ciro, 13%.
O fato de ainda não ser conhecido por um quarto dos eleitores, no entanto, pode ser positivo para Haddad, representando um espaço onde o petista ainda pode crescer na reta final do primeiro turno, em 7 de outubro.
Entre eleitores indecisos, por exemplo, Haddad é o candidato menos conhecido dos cinco mais bem colocados nas pesquisas -44% não sabem quem o petista é. Ciro, seu principal concorrente entre o eleitorado de esquerda, só não é conhecido por 18% dos indecisos.
A parcela dos eleitores que declaram que seu voto poderia ser influenciado por um apoio do ex-presidente Lula permaneceu praticamente inalterada no último mês. Hoje, 50% dizem que não votariam em um candidato ungido pelo petista, enquanto 33% o fariam com certeza e 16% talvez optassem por essa opção.
O Nordeste é a única região em que mais da metade dos eleitores (53%) diz que o apoio seria certamente determinante na sua escolha.
Entre os indecisos, 60% dizem que podem votar -sendo que 45% votariam com certeza- em um nome indicado por Lula. No mesmo grupo, no entanto, 68% ainda não sabem quem Lula apoia em 2018.
As faixas etárias e de renda mais influenciadas pelo apoio de Lula também são as que menos sabem que Haddad é o seu nome na disputa.
Entre os eleitores com ensino fundamental, 47% votariam com certeza de acordo com a orientação do ex-presidente, mas 49% não sabem que o ex-prefeito de São Paulo é esse candidato. No grupo com renda mensal menor a dois salários mínimos, os índices são de 45% e 40%, respectivamente.
Interesse na eleição
A pesquisa divulgada nesta quinta também revelou um aumento do interesse dos brasileiros pelas eleições no último mês.
A pouco mais de duas semanas do primeiro turno, 43% dos entrevistados disseram ter grande interesse no pleito, contra 35% em 21 de agosto.
No mesmo período, caiu de 33% para 25% a parcela dos que disseram não ter interesse pelo processo eleitoral.
Homens, eleitores mais velhos e com melhor escolaridade e renda são os mais envolvidos: 70% dos que ganham mais de dez salários mínimos por mês e 64% dos que têm ensino superior, por exemplo, afirmam ter grande interesse.
Os que declaram voto em João Amoêdo (Novo) são os que mais se dizem interessados nas eleições (62%), seguidos dos eleitores de Bolsonaro e Guilherme Boulos (PSOL). Marina é última nessa lista: apenas 24% dos seus eleitores afirmam ter grande interesse no pleito.
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