Padilha afirma que PT vai buscar votos de ‘marineiros’

O PT adotou como estratégia buscar os votos dos ‘marineiros’ para reeleger a presidente Dilma Rousseff (PT) no próximo dia 26. Forças do partido da estrela vermelha foram designados para fazer o trabalho de corpo a corpo nos bairros e regiões onde a então candidata a presidente Marina Silva (PSB) teve maior votação no primeiro turno.

Um dos escalados para essa tarefa foi o ex-ministro da Saúde e candidato derrotado ao Governo do Estado Alexandre Padilha (PT), que se tornou um dos coordenadores de campanha de Dilma Rousseff (PT) no Estado de São Paulo. “Na Baixada Santista, tivemos grande votação da Marina no primeiro turno em várias regiões que tradicionalmente votavam no Lula ou na Dilma”, destacou ele, durante visita ao Diário do Litoral.

Segundo explicou Padilha, muitos dos que acreditaram e votaram em Marina Silva no primeiro turno teriam se frustrado com a decisão da ex-candidata de apoiar o senador Aécio Neves (PSDB) neste segundo turno. “Foi uma surpresa negativa. Estamos buscando esse voto. É um setor que fez uma opção não contra o Lula ou contra a Dilma, fez a opção para uma candidata que apontava para uma terceira via. À medida que essa candidata decidiu sair da terceira via, e se juntou ao atraso do PSDB, vamos atrás desse voto”.

Alexandre Padilha desconsidera os comentários dando conta de que o ex-presidente Lula teria se afastado do núcleo de campanha de Dilma. Ele dá sua versão: “Um bom time ataca por todos os lados. O Lula está circulando o Brasil defendendo a Dilma. Fez na quinta-feira passada uma grande plenária em São Paulo de mobilização da militância, depois foi para a Região Norte, vai para Minas Gerais hoje, depois segue para o Nordeste. Está fazendo duas ou três atividades de campanha todo o dia”.

A função de Padilha no segundo turno tem sido a de organizar atos de apoio a Dilma e circular em cidades-pólo das regiões metropolitanas do Estado de São Paulo para dialogar com a militância e agradecer os votos.

A derrota em São Paulo

Padilha entende que o resultado da disputa ao Governo de São Paulo, que teve Geraldo Alckmin (PSDB) reeleito, “está associado a uma ausência total de debates sobre os problemas de São Paulo”. O ex-ministro vê uma maior concentração da cobertura da Imprensa para as eleições presidenciais, o que, segundo ele, tirou o foco dos problemas nos estados.