19 de Maio de 2024 • 04:25
Ex-presidente tem enfrentado protestos em algumas regiões no Sul do país. / Fotos Públicas/Divulgação
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que tem certeza de que não vai ser preso, e que, se for candidato, vai vencer as eleições no primeiro turno. "Eu não vou ser preso porque não cometi nenhum crime e eu tenho certeza de que nesse país haverá justiça".
A declaração foi feita em São Leopoldo, última parada da tumultuada passagem de Lula pelo Rio Grande do Sul. No discurso realizado em um palanque próximo ao Ginásio Municipal, o ex-presidente também fez um aceno ao PC do B e ao PSOL, ao afirmar que estaria junto de Manuela d'Ávila e de Boulos em "algum momento".
Manuela, pré-candidatura do partido comunista, chegou a discursar ao lado dos políticos petistas.
O evento também foi marcado por um ato de desagravo ao ex-presidente, que vem enfrentando protestos ao longo de sua passagem pelo Rio Grande do Sul.
O senador Paulo Paim (PT-RS) disse que aqueles que bloquearam rodovias para impedir a passagem da caravana são uma minoria que não representa os gaúchos. A caravana Lula pelo Brasil parte neste sábado para Florianópolis, em Santa Catarina.
Apoiadores do ex-presidente esperavam a chegada de Lula no centro de São Leopoldo, quando foram surpreendidos por um avião que levava uma faixa onde se lia: "Lula o Brasil te quer em cana". A reportagem não conseguiu confirmar quem está por trás da provocação.
O grupo, em sua maioria, era de apoiadores do deputado Jair Bolsonaro. Informados pelo rádio, eles usaram tratores e queimaram pneus para obstruir a passagem da caravana.
A Brigada Militar usou bombas de gás lacrimogêneo para dissipar os manifestantes.
Enfrentando manifestações desde terça-feira (20), a caravana conta com uma escolta do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra).
A região Sul, escolhida para a quarta etapa da caravana, é onde o ex-presidente tem menos apoio.
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