28 de Maio de 2024 • 13:01
Maia criticou a direção do PMDB / Agência Brasil
Após dar declarações duras sobre a tensão com o PMDB e tratar as ações do aliado como "facada nas costas", o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM), evitou a imprensa na manhã desta sexta (22). Ele participou da convenção nacional do Solidariedade, em São Paulo.
"Isso é um problema, mas vai ser resolvido", afirmou Maia. Na quarta (20), ele criticou a direção do PMDB, inclusive ministros do governo Temer. Para os democratas, o partido do presidente tem articulado para atrair seus membros.
O presidente da Câmara também se incomodou com uma proposta do senador Romero Jucá (PMDB) que dificulta a pretensão de partidos de aumentar a janela partidária em 2018. O DEM pretende filiar dissidentes do PSB.
Maia tem dito que a crise com Michel Temer não irá influenciar sua atuação na votação da segunda denúncia contra o presidente, que chegou à Câmara nesta sexta (22).
Nesta sexta, o deputado rejeitou comentar o assunto e disse apenas que seguiria o rito da primeira denúncia, que foi a plenário em agosto.
Mea culpa
Maia foi apresentado pelo deputado Paulinho da Força, presidente do Solidariedade e líder sindical, como "um dos nomes que pode disputar a eleição de 2018". Mais cedo, Paulinho tinha tratado o governador Geraldo Alckmin como "candidato a presidente".
À plateia de sindicalistas, o presidente da Câmara buscou justificar seu apoio à reforma da Previdência, rejeitada pela categoria. Ele disse que "tem uma agenda com um único objetivo: proteger quem precisa" e que o atual sistema previdenciário "beneficia quem ganha muito".
Afirmou que o Brasil "vive uma turbulência" e que Temer, "mesmo com as dificuldades que tem", tem seguido uma agenda de reformas.
"Temos que olhar as eleições de 2018 e, a partir de 2019, ter uma agenda que tire o Brasil dessa situação", comentou Maia.
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