28 de Maio de 2024 • 12:01
Política
O gesto ocorre no momento em que o governador paulista tenta se firmar candidato a presidente em meio à projeção nacional do prefeito João Doria (PSDB)
Daniel Coelho (PSDB-PE) viajou a São Paulo para declarar apoio a Geraldo Alckmin (PSDB) / Divulgação/PSDB
Membro da nova safra do PSDB, o deputado federal Daniel Coelho (PSDB-PE) viajou a São Paulo na quinta-feira (14) para declarar apoio a Geraldo Alckmin (PSDB). O gesto ocorre no momento em que o governador paulista tenta se firmar candidato a presidente em meio à projeção nacional do prefeito João Doria (PSDB).
Coelho levou consigo o vereador paulistano Fernando Holiday (DEM), um dos representantes do MBL (Movimento Brasil Livre), que declara apoio a Doria na disputa presidencial de 2018.
A iniciativa de Coelho foi até agora a mais incisiva entre os "cabeças pretas", grupo de deputados jovens que se notabilizou ao cobrar a saída do PSDB do governo de Michel Temer (PMDB).
Justamente a posição mais crítica de Alckmin à permanência do partido no governo foi um dos fatores que contaram a seu favor no grupo. Além disso, a disposição de Doria de se notabilizar nacionalmente, com viagens e declarações ambíguas, despertou um sinal de alerta.
"Eu acho que é delicado, mas a conquista de espaços partidários é legítima", disse a deputada Mariana Carvalho (PSDB-RO). "Não sei se havia algum acordo entre eles, mas, até pelo bem do partido, acho que os dois devem chegar a um consenso."
Coelho disse a Alckmin que essa disputa tem de ser tratada como superada e que ele tem apoio da maioria da bancada tucana na Câmara.
Ao discutir estratégias para 2018, o "cabeça preta" sugeriu que, no Nordeste, o governador paulista trate como prioridade o problema da segurança. Até hoje, o tucano vem batendo na tecla do emprego e da renda.
"São Paulo é bem diferente da matança no Nordeste", notou. Pernambuco tem a pior taxa de assassinatos por cem mil habitantes do país (35), segundo o Atlas da Violência. São Paulo, com 12, foi o Estado com a maior redução de homicídios de 2005 a 2015.
Coelho argumentou que Alckmin tem de explorar esse desempenho, em contraponto a discursos, em sua avaliação, menos fundamentados na área da segurança como o de Jair Bolsonaro (PSC-RJ).
Doria e MBL
Em ambiente inóspito à classe política tradicional, Doria galgou posições com o apoio público do MBL, movimento que liderou protestos a favor do impeachment de Dilma Rousseff (PT), e de pelo menos um cabeça preta, o deputado Pedro Cunha Lima (PSDB-PB).
"Ele tem aderência no PSDB e consegue dialogar com a sociedade", justificou.
Holiday disse que se restringiu a temas de governo na audiência com o governador.
"Eu não entrei em questões relacionadas a 2018, até porque o movimento é mais próximo a Doria e nessa briga não entramos de cabeça ainda", disse o vereador.
"A menos que Alckmin mude de perfil, isto é, faça uma campanha mais inovadora, creio que a imagem dele será naturalmente ligada à classe política já estabelecida. Do ponto de vista do eleitorado e da popularidade, ele já começa com dificuldade, não sei se terá grandes chances", conclui Holiday.
O PSDB e outros partidos como o DEM de Holiday têm tentado se aproximar de movimentos civis como o MBL.
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