27 de Maio de 2024 • 23:42
João Doria disse que trabalhará pelo crescimento de Alckmin no estado, uma vez que as eleições serão definidas pelo maior colégio eleitoral do país / Cesar Ogata/SECOM
O ex-prefeito e pré-candidato ao governo de São Paulo João Doria (PSDB) afirmou nesta quinta-feira (19) em entrevista à Rádio Bandeirantes que a declaração do ex-governador Geraldo Alckmin -para quem o ideal é que Aécio não seja candidato- é a posição correta e que caberá ao senador tomar a decisão final.
"A posição que o governador Alckmin colocou é a posição correta. Cabe evidentemente, não obstante a manifestação feita pelo governador Geraldo Alckmin, a decisão ao próprio Aécio Neves, que foi presidente do PSDB e tem direito a própria defesa e certamente a fará no âmbito de Minas Gerais".
Aécio se tornou réu pela primeira vez no STF (Supremo Tribunal Federal), acusado de corrupção passiva e obstrução da Justiça por causa do episódio em que foi gravado, em março do ano passado, pedindo R$ 2 milhões a Joesley Batista, da JBS. O valor foi entregue em parcelas a pessoas próximas ao tucano, segundo a acusação. A Polícia Federal chegou a filmar a entrega de dinheiro vivo a um primo dele.
Questionado se uma eventual candidatura de Aécio afetaria a imagem dos demais candidatos do partido, Doria concordou e ponderou que a decisão deverá ser tomada pelo senador. "Evidentemente que atinge, mas ser ou não candidato é uma decisão dele. O que tinha que afetar [os demais candidatos], já está afetando. Quero reafirmar que a Justiça é feita para todos, não pode ser seletiva. Ele tem o direito de fazer sua defesa, mas carrega o ônus de estar sendo acusado".
Doria voltou a afirmar que não pretende assumir o lugar de Alckmin na disputa à Presidência. "O meu candidato à Presidência se chama Geraldo Alckmin. Ele vai disputar o segundo turno e será eleito", afirmou.
De acordo com a pesquisa Datafolha divulgada neste domingo (15), o ex-governador alcança 8% das intenções de voto e fica empatado com Marina Silva (Rede) e Jair Bolsonaro (PSL) no estado de São Paulo, seu reduto eleitoral.
O ex-prefeito disse que trabalhará pelo crescimento de Alckmin no estado, uma vez que as eleições serão definidas pelo maior colégio eleitoral do país. Doria também afirma que a adoção de um discurso mais incisivo pelo governador é positivo tanto para agregar mais partidos em torno da sua candidatura e formar uma coalizão, quanto para conquistar votos.
Doria se comprometeu a mudar o tom da disputa pelo governo ao ser questionado se o ataque ao governador Márcio França, a quem chamou de "Márcio Cuba", dizendo que o rival carregava uma bandeira vermelha e que a dele era verde-amarela, não seria ruim para um líder, aprofundando a divisão no país.
"Você tem razão, respondeu. "Acho que temos que fazer uma campanha mais propositiva. Às vezes você tem algum arranca-rabo, faz parte do jogo democrático da disputa eleitoral, e é até bom porque campanhas muito insossas são campanhas chatas", completou.
Diferentemente do que foi o discurso eleitoral para a prefeitura de São Paulo, no qual o tucano rivalizava com o petista Fernando Haddad, Doria disse que agora trabalhará em torno de propostas, pela defesa do legado de Alckmin e em como evoluir a partir do que foi feito pelo tucano. Avançar em privatizações e investir em tecnologia e inovação foram pontos defendidos por ele para diferentes áreas da administração pública.
O ex-prefeito também comentou os dados da pesquisa Datafolha, que mostram que 66% dos eleitores consideram que ele agiu mal ao renunciar ao mandato no início do mês e que sua reprovação atingiu 47% ao deixar o cargo.
Doria disse ter visto os números com tranquilidade e como sinal de que os paulistanos queriam que ele continuasse na prefeitura, pois gostaram do trabalho desenvolvido por ele. "Quem é bom, você quer ao seu lado. Quem você não gosta, você comemora quando vai embora", afirmou.
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