X

Mundo

Conselho de Segurança se reúne amanhã para analisar ataque químico na Síria

O porta-voz, no entanto, disse que ainda não era possível 'verificar positivamente' o uso de armas químicas nesse ataque

Agência Brasil

Publicado em 04/04/2017 às 21:30

Comentar:

Compartilhe:

A-

A+

O Conselho de Segurança da ONU fará uma reunião de emergência amanhã (5), para analisar o suposto ataque químico na cidade de Khan Sheikhoun, na província de Idlib, no norte da Síria.
O anúncio foi feito hoje (4) pela presidente rotativa do Conselho, a embaixadora dos Estados Unidos Nikki Haley, que se mostrou muito preocupada com o episódio. As informações são da agência espanhola EFE.

A reunião responde a uma solicitação da França e do Reino Unido, que tinham pedido que a questão fosse abordada o mais rápido possível no principal órgão de decisão das Nações Unidas. O Conselho já tinha uma sessão regular sobre o uso de armas químicas na Síria prevista para a tarde dessa quarta-feira, mas o suposto ataque à cidade de Khan Sheikhoun, no norte do país, fez com que a reunião fosse antecipada e convertida em uma sessão de emergência.

O encontro, que segundo Nikki Haley terá portas abertas, será realizado às 10h locais de Nova York (11h de Brasília). O secretário-geral da ONU, António Guterres, lembrou hoje, através de seu porta-voz, que qualquer uso de armas químicas é "extremamente alarmante" e representa uma "séria violação das leis internacionais".

O porta-voz, no entanto, disse que ainda não era possível "verificar positivamente" o uso de armas químicas nesse ataque.

Opaq

A comissão da ONU que investiga os crimes no conflito sírio disse hoje que está investigando o fato, o que também está sendo feito pela Organização para a Proibição das Armas Químicas (Opaq).
O Conselho de Segurança abordou o uso de armas químicas na Síria de forma regular durante os últimos anos, mas as divisões em seu seio impediram que medidas fossem tomadas contra os responsáveis.

Uma investigação conjunta das Nações Unidas e da Opaq determinou que o regime sírio esteve por trás de vários ataques com substâncias proibidas em 2014 e 2015 e que o Estado Islâmico (EI) também usou armas químicas em pelo menos uma ocasião.

Em fevereiro passado, a Rússia e a China vetaram uma resolução que tentava impor sanções ao governo sírio.

Selo do regime

O embaixador do Reino Unido na ONU, Matthew Rycroft, disse hoje que está "horrorizado" com o que aconteceu na Síria e ressaltou que o ataque "tem o selo distintivo de mais uma campanha deliberada por parte do regime sírio e seus aliados militares para usar armas químicas".

"Acredito que, de todas as partes do conflito, apenas o regime sírio tem o equipamento necessário para realizar um ataque como este", disse Rycroft. Segundo o governo britânico, a reunião de amanhã deve servir para chamar a atenção sobre o ataque e para "pressionar" os que vetaram no passado a imposição de sanções pelo uso de armas químicas.

A França também apontou o governo de Bashar al Assad como suposto responsável e insistiu que o regime deve prestar contas. "Como [ocorreu] em Ghouta, em 21 de agosto de 2013, Bashar al Assad [novamente] ataca civis com meios proibidos pela comunidade internacional. Mais uma vez, o regime sírio negará a evidência de sua responsabilidade neste massacre", disse o presidente francês, François Hollande, em comunicado.

Os Estados Unidos também condenaram o ataque e alertaram que o mesmo "não pode ser ignorado", de acordo com o porta-voz da Casa Branca, Sean Spicer.

Segundo a ONG Observatório Sírio de Direitos Humanos, pelo menos 58 pessoas, entre elas 11 menores, morreram no suposto ataque aéreo com um agente químico em Khan Sheikhoun.

Apoie o Diário do Litoral
A sua ajuda é fundamental para nós do Diário do Litoral. Por meio do seu apoio conseguiremos elaborar mais reportagens investigativas e produzir matérias especiais mais aprofundadas.

O jornalismo independente e investigativo é o alicerce de uma sociedade mais justa. Nós do Diário do Litoral temos esse compromisso com você, leitor, mantendo nossas notícias e plataformas acessíveis a todos de forma gratuita. Acreditamos que todo cidadão tem o direito a informações verdadeiras para se manter atualizado no mundo em que vivemos.

Para o Diário do Litoral continuar esse trabalho vital, contamos com a generosidade daqueles que têm a capacidade de contribuir. Se você puder, ajude-nos com uma doação mensal ou única, a partir de apenas R$ 5. Leva menos de um minuto para você mostrar o seu apoio.

Obrigado por fazer parte do nosso compromisso com o jornalismo verdadeiro.

VEJA TAMBÉM

ÚLTIMAS

Guarujá

Atrás de emprego? PAT de Guarujá oferece 53 vagas nesta sexta (26)

Os pré-requisitos são imprescindíveis e os documentos indispensáveis

Cubatão

Advogado Áureo Tupinambá, preso em operação do Gaeco, sai da prisão

Ex-diretor da Câmara de Cubatão estava preso desde o último dia 16 de abril por possível envolvimento com o PCC

©2024 Diário do Litoral. Todos os Direitos Reservados.

Software

Newsletter