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Cotidiano

Armênio Mêndes certo da aprovação das passarelas em Santos

Projeto de lei que está em análise na Câmara beneficia projetos, como o do Grupo Mendes. Previsão é de que o projeto, encaminhado por João Paulo Tavares Papa, seja votado no final deste ano

Publicado em 16/07/2013 às 21:29

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O empresário Armênio Mendes não tem dúvida de que o projeto de lei complementar que permite a construção de passarelas aéreas entre edifícios em Santos será aprovado pela Câmara, embora a matéria esteja prevista para ser votada pelo Legislativo somente no final deste ano. O Grupo Mendes, capitaneado por ele, é um dos interessados na aprovação desse projeto.

Quando o projeto de lei tinha entrado na Câmara em 2012, o Grupo Mendes  já vendia unidades do futuro Praiamar Corporate, na Aparecida, anunciando a ligação aérea desse empreendimento ao Praiamar Shopping. A passarela ficaria sobre a Rua Guaiaó.

Desde o ano passado, maquete exposta mostra a passarela até o shopping (Foto: Luiz Torres/DL)

No final do ano passado, na matéria 'Passarela é ‘vendida’ antes da aprovação da Câmara', a Reportagem esteve no escritório de negócios do Grupo Mendes e, se passando por um futuro comprador, ouviu de um dos vendedores que o empreendimento corporativo tem passarela como um de seus principais atrativos de venda.

Em maio deste ano, o Diário do Litoral retornou ao estande de vendas e constatou que a maquete do prédio com a passarela continuava sendo exposta. Uma das vendedoras informou que o lançamento comercial do empreendimento deveria ocorrer dentro de um mês. Ela, porém, não confirmou se o prédio teria ou não a passarela.

Leia também:
Passarela é ‘vendida’ antes da aprovação da Câmara
Projeto de passarelas será analisado somente no fim do ano

Nesta terça-feira (16), em uma declaração a um programa de na TV, Armênio foi enfático com relação ao projeto que permite a construção de passarelas: “Certamente, passará. As autoridades vão analisar isso como interesse para a Cidade”, aposta o empreendedor. “Principalmente depois que estivemos em Chicago, sendo recebido até pelo prefeito de lá”, explicou ele, se referindo a uma viagem organizada por um veículo de comunicação.

Armênio Mendes afirmou no programa de TV,  no qual o Grupo Mendes é um dos anunciantes, que considera a passarela “útil e necessária”. O empresário chegou a declarar que o Praiamar Shopping até perderia com a passarela.

Eis sua versão: “Temos (citando o futuro) 500 salas de escritório. Pra mim, é muito melhor, como empresário, que as pessoas atravessem a rua e entrem no shopping. Porque, eles circulando, acabam passando em frente às vitrines e acabam comprando, do que passando por uma passarela e indo para a praça de alimentação, sem sequer circular pelo shopping”.

Como nasceu a ideia

Ele citou que discutiu a ideia do projeto com o então prefeito João Paulo Tavares Papa (PMDB). “Mostrei para ele que eu tinha intenção de propor à Câmara para que ela aprovasse”. Coube ao Executivo encaminhar a proposta ao Legislativo.

Armênio, o altruísta

O empreendedor ressalta não ter vendido ainda sequer uma unidade do futuro empreendimento.  Um dos maiores empresários da Baixada Santista, então, arrematou: “Estou trabalhando contra mim, mas a favor da Cidade”, antes de se queixar de eventuais críticas:  “as pessoas acham que estou fazendo por ter interesse, e não para o interesse da Cidade”.

Armênio acabou revelando que um de seus principais empreendimentos é deficitário: “foi assim com o Centro de Convenções, que até hoje me dá prejuízo, mas está atendendo aos interesses da Cidade, e foi assim com todos os empreendimentos”. Magoado, afirmou: “as pessoas que não são capazes certamente vivem criticando os que fazem”.

Em Guarujá, não

Em outro trecho do programa, o responsável pelo Grupo Mendes comentou sobre o potencial de outras cidades receberem shopping centers. Segundo ele, Praia Grande poderá receber um desses empreendimentos “no futuro”.

Mas o mesmo não se aplica a Guarujá. Armênio entende que o número excessivo de favelas na Pérola do Atlântico e o fato de a cidade receber pessoas “com poder aquisitivo” somente nos fins de semana inviabilizam a criação de novos shopping centers. “Lojista tem de pagar conta todo o dia”, justificou.

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