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O Santista

O que é lixo para você?

Sacolas plásticas que trazem as compras; um perfume que acaba; um pote de shampoo vazio. Na sua casa, o destino dessas coisas é a lixeira? Se a reposta for sim, é preciso se conscientizar de que nada disso é lixo

Vanessa Pimentel

Publicado em 04/06/2018 às 11:12

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Sacolas plásticas que trazem as compras; um perfume que acaba; um pote de shampoo vazio. Na sua casa, o destino dessas coisas é a lixeira? Se a reposta for sim, é preciso se conscientizar de que nada disso é lixo / Divulgação

O que você faz com restos de comida, embalagens de alimentos ou as que armazenam produtos de limpeza? Sacolas plásticas que trazem as compras; um perfume que acaba; um pote de shampoo vazio. Na sua casa, o destino dessas coisas é a lixeira? Se a reposta for sim, é preciso se conscientizar de que nada disso é lixo.  

“Em que momento a gente passa a chamar as coisas de lixo se a maioria do que jogamos fora é reutilizável?”, questiona o engenheiro de alimentos, André Tomé. 

Foi durante as remadas de Stand Up pela orla santista que André começou a perceber a quantidade de resíduo que boiava na água ou se acumulava nos costões de pedras. Passou a recolher o que podia e a ação, durante um ano, resultou em 306 quilos de lixo retirados do mar. 

A preocupação com o cenário fez André procurar alternativas e uma forma de conseguir chamar a atenção das pessoas sobre a responsabilidade do resíduo gerado por cada um.  Assim nasceu o projeto Santos Lixo Zero, em parceria com o Instituto Lixo Zero Brasil.

A proposta, segundo André, consiste no máximo aproveitamento e correto encaminhamento dos resíduos recicláveis e orgânicos e a redução – ou mesmo o fim – do encaminhamento destes materiais para os aterros sanitários ou para a incineração.

Uma gestão Lixo Zero, segundo o projeto, é aquela que não permite que ocorra a geração do lixo, que é a mistura de resíduos recicláveis, orgânicos e rejeitos.

“Além de a sociedade jogar tudo no lixo e querer que aquilo desapareça, ela joga tudo misturado e, quando isso acontece, não conseguimos mais reaproveitar”, explica Tomé.


Os 4 R’s 

Para ajudar a moldar um novo olhar para tudo aquilo que geramos no dia a dia, o projeto Santos Lixo Zero segue o conceito dos quatro R’s. O primeiro deles é Repensar, ou seja, acabar com a ideia que resíduos são sujos. Em seguida vem o Reutilizar, já que quase tudo que descartamos podem ser utilizados de outra maneira antes de serem encaminhados para a reciclagem, por exemplo: usar garrafas como luminárias. Em terceiro vem o Reduzir, que consiste em gerar o mínimo possível de lixo e por último o Reciclar, que é o aproveitamento da matéria prima do resíduo para fabricar o mesmo ou outro tipo de produto, sem encaminhá-lo para aterros.

É possível viver sem gerar lixo?

Questionado, André diz que ainda não se sabe o quão próximo de zero a sociedade conseguiria chegar, mas na prática, é preciso ir à direção da redução dos resíduos gerados. 

“Lixo zero é uma meta, uma jornada. Quando a gente faz palestras com o projeto, eu sempre falo aos ouvintes: junte duas semanas apenas o lixo reciclável e observe o volume. Pense nos recursos usados para fazer essas embalagens, o quanto é possível reduzir. A partir do momento que passamos a olhar o que gente gera, a visão sobre o que é lixo muda completamente”, analisa. 



Dicas

André também deu algumas dicas para quem quer começar a reduzir os resíduos que gera. A primeira delas é: dispense os canudos plásticos.  “A gente não percebe, mas chegamos ao ponto de usar canudo em copo. Qual a necessidade disso?”, questiona. 

A reutilização de embalagens também é indicada. Nesta hora, a compra em empórios é indicada, já que nesses locais é possível comprar a granel. Na hora de recolher as fezes dos animais, ao invés de usar sacolas, use jornal ou papel, pois eles se decompõem bem mais rápido que o plástico. Restos de comida também podem ser usados em composteiras hoje em dia encontradas para vender facilmente pela internet. Tenha duas lixeiras em casa e separe sempre o que pode ser reciclável.

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