05 de Maio de 2024 • 13:16
Santos
Denúncia foi feita pela vereadora Audrey Kleys (Novo) durante a 22ª Sessão Ordinária da Câmara de Santos nesta terça-feira (23)
O motivo do cancelamento seria o fim do contrato que permitia a equipe especializada do Ambesp realizar as cirurgias na Santa Casa / LG Rodrigues/DL
Pacientes do Ambulatório Médico de Especialidades Zona Noroeste (Ambesp), em Santos, tiveram suas cirurgias de câncer de cabeça, boca e pescoço suspensas e não conseguiram entrar na fila da Rede Hebe Camargo de Combate ao Câncer (RHCCC). A denúncia foi feita pela vereadora Audrey Kleys (Novo) durante a 22ª Sessão Ordinária da Câmara de Santos nesta terça-feira (23). Ao todo, foram oito cirurgias canceladas, com todo pré-operatório pronto. Além desses, tem mais 12 pacientes esperando agendamento.
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Segundo o requerimento, o motivo do cancelamento seria o fim do contrato que permitia a equipe especializada do Ambesp realizar as cirurgias na Santa Casa.
O contrato teria sido rompido porque os pacientes deveriam estar na Rede Hebe Camargo, que pertence ao Estado. Durante o ano de 2023, ao todo, 130 procedimentos foram realizados pela equipe do Ambesp com a Santa Casa de Santos.
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Dessa forma, a população não precisou entrar na fila da Rede Hebe Camargo, assim evitando que a lista de espera ficasse ainda maior e agilizando o atendimento dos pacientes que não poderiam esperar.
Além disso, o Ambesp, com a Santa Casa de Santos, tinham o cuidado de, dependendo da gravidade, agilizar o processo, tanto na marcação de exames quanto na autorização da guia.
A médica cirurgiã de cabeça e pescoço do Ambesp da Zona Noroeste, Sílvia Picado, conta que os poucos pacientes que precisaram ser transferidos para a lista de espera da Rede Hebe Camargo não conseguiram realizar tratamento em tempo hábil de cura.
“Essa situação é desesperadora, pois os doentes chegam para avaliação da especialidade que é cirúrgica e saem com uma incerteza se vão conseguir realizar o procedimento por alguma via", afirma.
Desde março, os pacientes voltam ao Ambesp procurando pela médica e pedindo ajuda, pois eles não conseguiram ainda entrar na fila da Rede Hebe Camargo.
Em nota, a Secretaria de Saúde de Santos esclarece que os tratamentos oncológicos (consulta com oncologista, cirurgias, quimioterapia, radioterapia) são de responsabilidade do Governo do Estado de São Paulo, por meio da Rede Hebe Camargo de Combate ao Câncer.
Ainda segundo informações, o fluxo regular de atendimento aos pacientes diagnosticados com câncer de cabeça e pescoço pelo Ambesp Zona Noroeste é o encaminhamento ao governo estadual, por meio da Central de Regulação de Oferta de Serviços de Saúde para o tratamento necessário.
De acordo com a Prefeitura, é importante salientar que existe uma lei federal (12.732/2012) que estabelece prazo de no máximo 60 dias para o início do atendimento dos pacientes com neoplasia maligna comprovada.
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