28 de Abril de 2024 • 10:59
Testes de uma vacina contra o ebola começaram nesta segunda-feira na capital da Libéria. No domingo, num bairro densamente povoado da capital Monróvia, convidados bateram palmas e dançaram enquanto músicos tocavam e cantavam canções que explicavam o propósito e a intenção dos testes da vacina contra a doença. As músicas são parte de uma campanha para superar a relutância dos liberianos em aceitar a vacina, em razão da divulgação de várias teorias da conspiração.
Os testes começam hoje com o primeiro grupo de voluntários. A vacinação é resultado de uma parceria estabelecida entre os governos da Libéria e dos Estados Unidos.
Durante o lançamento da campanha no domingo, o presidente da Libéria, Joseph Nyumah Boakai, disse à Associated Press que a vacina é "muito importante para a Libéria e para o mundo".
A vacina contém um pedaço do vírus do ebola, o que ajuda a estimular uma resposta do sistema imunológico ao vírus, segundo documento do PREVAIL, acrônimo para Partnership for Research on Ebola Vaccines in Liberia (Parceria para Pesquisas de Vacinas contra o Ebola na Libéria), como é chamada a parceria entre os dois países.
Boakai pediu aos liberianos que "tomem coragem, porque vai funcionar".
A Organização Mundial da Saúde (OMS) informou na semana passada que os três países mais afetados - Guiné, Serra Leoa e Libéria - informaram menos de 100 novos casos na última semana, algo que não acontecia desde junho. Acredita-se que o surto tenha matado mais de 8 mil pessoas desde que foi identificado, em março.
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