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Nova espécie de dinossauro que viveu na Bahia é batizada de Tietasaura

Pesquisadores do Rio de Janeiro identificaram os fósseis como os primeiros ossos de dinossauros descobertos na América do Sul

Da Reportagem, com informações da Agência Brasil

Publicado em 20/04/2024 às 14:58

Atualizado em 20/04/2024 às 18:55

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Espécime foi batizado como Tietasaura derbyiana, em homenagem ao escritor Jorge Amado e ao geólogo e naturalista Orville A. Derby / Reprodução/DevianArt

Uma nova espécie de dinossauro, que viveu no Recôncavo Baiano, foi identificada por cientistas da Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Estes foram os primeiros ossos de dinossauros descobertos na América do Sul, segundo a instituição.

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O espécime foi batizado como Tietasaura derbyiana, em homenagem ao romance Tieta do Agreste, do escritor Jorge Amado, e ao geólogo e naturalista Orville A. Derby, fundador do Serviço Geológico e Mineralógico do Brasil e um dos pioneiros da paleontologia brasileira. 

“No caso da obra Tieta, ela sai da cidade dela, some um tempo e depois volta trazendo um furdunço pra cidade onde ela nasceu. E esses materiais, numa alusão à história, fizeram a mesma coisa. São levados do Brasil há muito tempo e agora retornam com essas novas informações científicas e essa nova espécie de ornitísquia para o país”, explica uma das pesquisadoras do estudo da Uerj, a paleontóloga Kamila Bandeira, sobre a escolha do nome.

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A Tietasaura é a primeira espécie no Brasil de um dinossauro do grupo dos ornitísquios, de alimentação herbívora, caracterizados pelo focinho em forma de bico e pela estrutura da pélvis semelhante à das aves. Além disso, se nota a tendência da região em abrigar esses animais.

“A Tietasaura foi descrita com outros materiais de dinossauros na mesma pesquisa. Esses materiais são os mais antigos coletados na América do Sul. Hoje em dia temos uma diversidade muito alta de espécies na Argentina, no Brasil também. Mas os primeiros dinossauros da região foram coletados na Bahia”, destaca a paleontóloga.

A equipe de paleontólogos, coordenada pelas pesquisadoras Kamila Bandeira e Valéria Gallo, ambas do Instituto de Biologia Roberto Alcantara Gomes, da Uerj, analisou fósseis coletados entre 1859 e 1906 na Bacia do Recôncavo, no leste da Bahia. Esses materiais eram considerados perdidos, mas foram encontrados recentemente no Museu de História Natural de Londres. Ainda não há previsão de retorno desses fósseis para o Brasil.

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