05 de Maio de 2024 • 15:46
São Paulo aguarda o envio de novas doses da vacina da Pfizer para diminuir o intervalo entre a primeira e a segunda dose / Adriana Toffetti/A7 Press/Folhapress
Por: Bruno Hoffmann
O governador João Doria (PSDB) afirmou nesta quarta-feira que vai reduzir o intervalo de aplicação entre as duas doses do imunizante da Pfizer contra a Covid-19 para 21 dias assim que receber mais vacinas do governo federal.
"São Paulo aguarda o envio de novas doses da vacina da Pfizer para diminuir o intervalo entre a primeira e a segunda dose. Vamos seguir a recomendação da redução do intervalo das doses da vacina da Pfizer. Nossos técnicos da Secretaria da Saúde entendem que é possível reduzir o intervalo entre a primeira e a segunda dose, como estabelece o próprio fabricante”", afirmou Doria durante entrevista coletiva no Palácio dos Bandeirantes, sede do governo paulista.
Para João Gabbardo, membro do novo Comitê Científico, que substituiu o centro de contingência do coronavírus (leia mais abaixo), estudos demonstram que a segunda dose das vacinas da Pfizer e da Astrazeneca deve ser acelerada para melhor proteção contra a variante delta.
“O grande obstáculo é que nós tenhamos vacinas para poder antecipar. Que há necessidade e que existe indicação não há nenhuma dúvida. O que precisamos é que o Ministério da Saúde possa ter todo o esforço para encaminhar aos estados mais vacinas da Astrazeneca e da Pfizer”, afirmou Gabbardo.
Mais cedo, o Ministério da Saúde anunciou que prevê reduzir o espaçamento da Pfizer, que hoje é de 90 dias, para 21 dias. A medida começa a valer a partir de setembro.
O ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou na terça-feira (17) que o governo federal assegure ao estado de São Paulo a remessa das vacinas da Pfizer necessárias à imunização complementar de quem já tomou a primeira dose da vacina. A determinação atendeu a um pedido do governo paulista, que acionou o Supremo por entender ter recebido 228 mil doses a menos da Pfizer do que teria direito.
Nesta quarta, o Estado começou a imunizar adolescentes de 16 e 17 anos com comorbidades contra a Covid-19, além de grávidas e puérperas. A vacina da Pfizer é a única autorizada pela Anvisa no Brasil para o público adolescente.
A vacinação para este grupo vai até o dia 25 de agosto. A partir do dia 26, já pode se vacinar quem possui de 12 a 15 anos. Para o público geral desta faixa etária, a imunização começa a partir do dia 30, para quem tem entre 15 e 17 anos, e em 6 de setembro para os de 12 a 14 anos.
Comitê Científico
João Doria disse também que o centro de contingência do coronavírus, grupo de especialistas responsáveis por indicar as políticas para o enfrentamento à pandemia no Estado, foi transformado em comitê científico.
“Após a queda sistemática nas últimas semanas de todos os indicadores da pandemia, o governo do estado de São Paulo transformou o Centro de Contingência do Covid-19 em Comitê Científico do Covid-19″, disse o governador.
“O governo do estado de São Paulo registra aqui um sincero agradecimento a todos os 21 membros do Centro de Contingência, que ao longo dos últimos 18 meses contribuíram com o esforço, dedicação, conhecimento para salvar vidas de brasileiros aqui em São Paulo”, finalizou.
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