03 de Maio de 2024 • 17:35
Cerca de 186.727 meninas entre 11 e 13 anos de idade foram vacinadas no estado de São Paulo contra o papiloma vírus humano (HPV) na primeira semana de imunização, de acordo com balanço parcial da Secretaria de Estado da Saúde, com dados contabilizados até a manhã de hoje (17). A campanha começou no dia 10 e prosseguirá por um mês. A meta em São Paulo é imunizar 808,3 mil meninas dessa faixa etária contra o HPV, causador do câncer do colo do útero.
Segundo a Secretaria de Estado da Saúde, o número de meninas vacinadas corresponde a 80% do total de 1.010.397 adolescentes do sexo feminino que vivem em São Paulo. A imunização está disponível em 5 mil postos de saúde, com horário de funcionamento das 8h às 17h. A vacinação também está sendo feita nas escolas, de acordo com a decisão de cada prefeitura.
A vacinação contra o HPV será feita em três etapas, sendo que a segunda dose da imunização dever ser aplicada seis meses após a dose inicial. A terceira, que funciona como reforço, deve ser aplicada cinco anos após a primeira dose.Em 2015 a vacina contra o HPV será destinada às meninas entre nove e 11 anos e também será dividida em três etapas. A partir do ano de 2016, a vacina passará a ser aplicada nas meninas com nove anos de idade.
“A inclusão da vacina contra o HPV no calendário de imunização do SUS é uma importante medida para reduzir a transmissão do papilomavírus humano, vírus capaz de causar lesões de pele e mucosas e, quando não tratado corretamente pode evoluir para casos de câncer de colo do útero. Ao alcançar uma elevada cobertura vacinal entre a população-alvo, observaremos, consequentemente, uma maior proteção contra a incidência do câncer de útero”, disse a médica Helena Sato, diretora de imunização da Secretaria.
O papilomavírus humano (HPV) é um vírus contagioso que pode ser transmitido com uma única exposição, por meio de contato direto com a pele ou mucosa infectada. Sua principal forma de transmissão pode ocorrer via relação sexual, mas também há contagio entre mãe e bebê durante a gravidez ou o parto, é a chamada transmissão vertical.
No início a doença não mostra sintomas, mas pode evoluir para lesões de pele e mucosas, em alguns casos também ocasiona o surgimento de verrugas genitais. Quando não tratada corretamente, essas lesões podem evoluir para um quadro de câncer genital, como o câncer de colo de útero, cuja doença tem como principais sintomas dores, corrimento ou sangramento vaginal.
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