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Saúde

Santos elimina 75,3% mais focos com larvas de mosquito em 2023. Risco de dengue preocupa

Neste ano, Santos registrou 398 casos de dengue e 43 de chikungunya números que ainda são passíveis de atualização

Da Reportagem

Publicado em 14/12/2023 às 16:32

Atualizado em 14/12/2023 às 16:39

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Neste ano, Santos registrou 398 casos de dengue e 43 de chikungunya números que ainda são passíveis de atualização / Isabela Carrari/PMS

Em 26 mutirões de combate ao mosquito Aedes aegypti realizados em Santos neste ano, foram eliminados 2.711 focos com larvas, número 75,3% superior a 2022, quando foram eliminados 1.546 na mesma quantidade de mutirões realizados.

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As autoridades sanitárias apontam que a situação requer atenção de todos os munícipes e visitantes que mantêm residência de fim de semana, devido à circulação do vírus tipo 3 da dengue no Estado e à constatação de que menos pessoas estão fazendo a lição de casa para eliminar criadouros do mosquito transmissor da dengue, chikungunya, zika e febre amarela urbana. Em 2023, Santos registrou 398 casos de dengue e 43 de chikungunya – números que ainda são passíveis de atualização. Em 2022, foram 396 casos de dengue e 327 de chikungunya.

A maior parte dos criadouros encontrados está dentro das residências, nos mesmos locais de sempre: ralos destampados ou sem tela, caixas d’água destampadas, pratos e vasos de plantas, bromélias, materiais inservíveis, garrafas com o bocal virado para cima, pneu, balde, lona e calhas.

DENGUE TIPO 3

Existem quatro tipos de vírus da dengue: 1, 2, 3 e 4. Uma vez que a pessoa tem contato com um destes vírus se torna imune a ele por toda a vida. Nunca houve epidemia de dengue tipo 3 em Santos. Portanto, a população está altamente vulnerável e a melhor forma de evitar que a doença se propague é eliminando o mosquito, evitar situações que colaborem para a proliferação: e o primeiro passo é a eliminar toda a água parada.

“Estamos fazendo este alerta, pois estamos prestes a iniciar o verão, com temperaturas mais elevadas, propícias à eclosão dos ovos, e a um risco maior de transmissão de doenças, uma vez que a população local aumenta com a chegada de turistas. Nosso objetivo é garantir a saúde de todos e o apoio da população é fundamental no enfrentamento ao mosquito”, afirma o secretário de Saúde, Adriano Catapreta.

A Prefeitura de Santos continuará as ações de combate ao mosquito ininterruptas, inclusive com agendas específicas para a temporada de verão.

“Continuaremos a realizar mutirões no mês de janeiro, com foco nos bairros com maior fluxo de turistas e, portanto, aumento da população flutuante. Nossos agentes não param. O casa a casa continua, bem como o monitoramento da infestação de mosquitos adultos pelas armadilhas e as ações de conscientização para evitar criadouros”, explica Ana Paula Valeiras, chefe do Departamento de Vigilância em Saúde.

ÚLTIMO MUTIRÃO DO ANO

O 26º mutirão de combate ao Aedes aegypti de Santos, realizado na última quarta-feira (13) no Estuário, eliminou 110 focos com larvas de mosquito. Quarenta agentes de combate a endemias visitaram 1.096 imóveis.

A empresa Terracom atuou em parceria com a Secretaria de Saúde, disponibilizando uma equipe de 25 agentes e um caminhão para a retirada de materiais inservíveis, que têm potencial para gerar criadouros do mosquito transmissor da dengue, chikungunya, zika e febre amarela urbana.

ESTRATÉGIAS DE ENFRENTAMENTO DE SANTOS – ANO INTEIRO

  • Casa a Casa - Programa de visitação de rotina aos imóveis
  • Mutirão - Varredura realizada semanalmente em algum bairro da Cidade
  • Imóveis especiais e pontos estratégicos - Locais visitados mensalmente
  • Imóveis especiais: grande circulação de pessoas - escolas, hotéis, shopping centers
  • Pontos estratégicos: mais risco de criadouros - borracharias, oficinas, ferros-velhos, cemitérios, obras
  • Nebulização – Aplicação de inseticida no entorno da residência de pessoa infectada para combater o mosquito já na fase adulta, quando está transmitindo as doenças
  • Armadilhas - Santos possui 481 armadilhas espalhadas por toda a Cidade, monitoradas semanalmente, que mostram o índice de infestação de mosquito no local
  • Acompanhamento epidemiológico - Notificação e investigação de todos os casos de doenças transmitidas pelo Aedes pela Vigilância Epidemiológica
  • Atividades Educativas - Atividades lúdicas e educativas nas ruas, escolas, palestras em empresas e instituições, pedágios em diferentes pontos da Cidade, participação em eventos, estandes temáticos e reuniões em condomínios
  • Atendimento a denúncias - Feitas na Ouvidoria Municipal pelo telefone 162 ou site.
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