05 de Maio de 2024 • 10:54
Saúde
Os testes, com apoio de alunos de graduação e cinco outros pesquisadores, são feitos na Escola de Medicina da Universidade da Califórnia, em San Francisco, Estados Unidos
Professor da UFF testa vacinas contra infecção hospitalar causada por bactérias / Divulgação
Professor de bioquímica e biologia celular e molecular da UFF ( Universidade Federal Fluminense), Fábio Aguiar Alves, está testando vacinas contra infecções hospitalares causadas pelas bactérias Staphylococcus aureus e Pseudomonas aeruginosa. As informações são da Agência Brasil.
Os testes, com apoio de alunos de graduação e cinco outros pesquisadores, são feitos na Escola de Medicina da Universidade da Califórnia, em San Francisco, Estados Unidos.
A Staphylococcus aureus é uma bactéria encontrada frequentemente na pele e nas fossas nasais de pessoas saudáveis, mas que pode provocar desde infecções simples, como acnes e furúnculos, até doenças graves, entre elas pneumonia, meningite, endocardite, infecção generalizada, ou sepse.
Já a Pseudomonas aeruginosa é uma bactéria oportunista. Ela raramente causa doenças em um sistema imunológico saudável, mas explora eventuais fraquezas do organismo para estabelecer um quadro de infecção. Como apresenta resistência natural a um grande número de antibióticos e antissépticos, é considerada uma importante causa de infecções hospitalares.
O projeto é inédito e, conforme explicou o professor Fábio Aguiar, trará benefícios para a população mundial. "Meu objetivo é levar para o Brasil o aprendizado e tecnologia sobre a metodologia de testes com novas vacinas e drogas. Afinal, grandes indústrias farmacêuticas têm filiais no nosso país e podemos desenvolver excelentes parcerias com a universidade", afirmou.
Vice-presidente da ANBio (Associação Nacional de Biossegurança), Cláudio Mafra, professor do Departamento de Bioquímica e Biologia Molecular da UFV (Universidade Federal de Viçosa), informou à reportagem que "com certeza, essas vacinas vão colaborar com o processo de qualidade na assistência à saúde".
O professor da UFF foi convidado a trabalhar na Universidade da Califórnia por causa de estudos realizados sobre biologia molecular e Staphylococcus aureus. Depois de experimentos efetuados em camundongos, as vacinas estão sendo testadas em coelhos. Fábio Aguiar Alves disse acreditar que os estudos e resultados conclusivos devem ocorrer em cerca de três anos.
SAÚDE PÚBLICA
As IRAS (infecções relacionadas com a assistência à saúde) são consideradas pela OMS (Organização Mundial de Saúde) um grave problema de saúde pública. Isso porque apresentam alta morbidade e mortalidade, repercutem diretamente na segurança do paciente e na qualidade dos serviços de saúde, além de elevar os custos de tratamento.
De acordo com o estudo da OMS, a maior prevalência de IRAS ocorre em unidades de terapia intensiva, enfermarias cirúrgicas e alas de ortopedia. O estudo destacou que as infecções de sítio cirúrgico, do trato urinário e do trato respiratório inferior são as que mais ocorrem, principalmente em pacientes que utilizam CVC (cateter venoso central).
Cláudio Mafra citou relatório de 2015 da Anvisa ( Agência Nacional de Vigilância Sanitária), segundo o qual o número de infecções, separadas por pacientes adultos e neonatais com cateter venoso, chegou a 22.980 e 6.939, respectivamente, considerando aqueles com identificação de agente etiológico, isto é, agente causador de uma doença.
Nesses pacientes, o Staphylococcus aureus e a Pseudomonas aeruginosa registraram na UTI adultos 2.959 e 2.242 casos, respectivamente (13,2% e 10%). Na UTI neonatal, foram 697 e 262 casos das duas bactérias.
São Vicente
Imunização de crianças e adolescentes contra o HPV está baixa no estado de SP
Tarcísio veta projeto de ampliação na prevenção do vírus HPV dentro de escolas estaduais
Ministério Público investiga médica por alegações falsas sobre vacina de HPV
São Vicente
Agentes de trânsito estarão no local, reforçando a sinalização
EDUCAÇÃO
Prefeito tentou transformar espaço em escola cívico-militar durante Governo Bolsonaro, mas proposta não teve êxito