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Hospital se torna o primeiro da Baixada considerado 'Empresa Amiga do Autista'

Sendo o único hospital da região a ter este selo, o Infantil Gonzaga preparou mais de 50 colaboradores com o treinamento "Capacitação básica em autismo"

Da Reportagem

Publicado em 27/11/2023 às 16:28

Atualizado em 27/11/2023 às 20:16

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A equipe do hospital também assistiu à palestra "Somos todos corresponsáveis pela inclusão de nossas crianças e jovens com deficiência" / Reprodução

Buscando melhorar o acolhimento e a inclusão, o Hospital Infantil Gonzaga realizou um treinamento voltado ao atendimento dos pacientes com TEA (transtorno do espectro autista), certificando-se como o selo ‘Empresa Amiga do Autista’.

Sendo o único hospital da região a ter este selo, o Infantil Gonzaga preparou mais de 50 colaboradores com o treinamento “Capacitação básica em autismo”, do Incluir Treinamentos e Certificação.

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Foram 16 horas de curso, dividido em duas turmas, ministrado pela consultora de acessibilidade e inclusão Amanda Ribeiro. A equipe do hospital foi treinada sobre temas como acessibilidade e inclusão, capacitismo, como lidar de forma respeitosa e adequada com as crianças com TEA e suas famílias, entre outros assuntos.

"Estar em um hospital é algo muito difícil para os autistas, principalmente por conta do transtorno do processamento sensorial. Sons, barulhos, pessoas e questões invasivas como tirar sangue ou dar ponto são questões muito mais difíceis para as pessoas autistas. Por isso, quando as pessoas entendem o que é o transtorno do espectro autista facilita e muito o atendimento e, principalmente, no acolhimento destas pessoas e destas famílias", explica a consultora.

Amanda explica que, segundo o IBCCES (International Board of Credentialing and Continuing Education Standards) o diagnóstico de autismo aumentou 600% nos últimos anos. Além de consultora de acessibilidade e inclusão, ela também é mãe de uma criança com TEA, o pequeno Arthur, de 7 anos.

"Como mãe de uma criança autista, vejo como fundamental que os hospitais e estabelecimentos de saúde em geral tenham acesso a esse treinamento, pois se tem algum lugar em que não podemos escolher ir ou não é ao hospital", completa.

A equipe do hospital também assistiu à palestra “Somos todos corresponsáveis pela inclusão de nossas crianças e jovens com deficiência”, ministrada pela Vivi Paiva Reis, CEO da Inclusivamente, empresa especializada em consultoria em Diversidade e Inclusão. Foram abordados temas como a família da criança com deficiência, a diversidade dentro de cada diagnóstico, aprendendo a sermos inclusivos por meio da criatividade.

Vivi ressalta que a acolhida precisa ser peça fundamental no atendimento da criança e de sua família.

"O hospital é um lugar onde as pessoas chegam vulneráveis e existem ainda pessoas que, além da vulnerabilidade das doenças ou emergências vividas em um hospital, trazem consigo sua história de exclusão e medo de não ser bem atendidos, ou a equipe médica não conhecer nada sobre a deficiência do seu filho”.

O Infantil Gonzaga também realizará outras adequações para o público TEA, com alterações de acessibilidade, inclusão de placas de atendimento prioritário, fones abafadores, além da inclusão do cordão girassol para reconhecimento das deficiências não visíveis. Ele foi instituído recentemente, pela Lei 14.624, de 17 de julho de 2023, que formaliza o símbolo de identificação de pessoas com deficiências ocultas ou não-aparentes, como surdez, autismo e deficiência intelectual.

Para a Diretora Técnica do Hospital, a médica pediatra Dra. Heloiza Ventura, a adequação para atender aos pacientes com TEA foi fundamental para melhorar ainda mais o atendimento e o acolhimento, buscando integrar as crianças e adolescentes, às suas famílias, os médicos e os profissionais de saúde.

“Foram todos treinados para dar o atendimento adequado, como essas crianças merecem. Este selo tem uma importância muito grande para o Infantil Gonzaga, pois mostra o olhar diferenciado que temos para estes pacientes e suas famílias”.

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