03 de Maio de 2024 • 23:14
O Brasil ainda ocupa o segundo lugar em números de casos de hanseníase, perdendo apenas para a Índia. Mas você sabe que doença é essa? Trata-se de uma doença infecciosa, contagiosa, crônica, que atinge a pele e os nervos periféricos dos braços, mãos, pernas, pés, rosto, orelhas, olhos e nariz.
Todo último domingo de janeiro, os órgãos de saúde voltam suas atenções ao combate da doença que durante muitos anos foi estigmatizada. E para eliminar preconceitos, buscando diagnósticos e tratamentos precoces, hoje, comemora-se mundialmente o Dia de Combate à Hanseníase.
Entre os principais sintomas estão as manchas esbranquiçadas, avermelhadas ou amarronzadas, que não coçam, têm diminuição de pelos e suor, perda de sensibilidade ao calor, dor ou mesmo ao tato. Podem surgir também outros sintomas como: queda de cílios e sobrancelhas, caroços e inchaços no corpo, engrossamento do nervo que passa no cotovelo, levando à perda da sensibilidade e/ ou diminuição da força do quinto dedo da mão (garra), dor e sensação de choque, fisgadas e agulhadas ao longo dos nervos dos braços, mãos, pernas e pés.
Acredita-se que a transmissão aconteça através de contato íntimo e prolongado de indivíduo suscetível com paciente contaminado e sem tratamento, com a inalação dos bacilos eliminados pelas vias respiratórias, em atos como tosse e espirro. Hanseníase não é transmitida pelos abraços, apertos de mão ou qualquer outro tipo de carinho. Em casa ou no local de trabalho, não é necessário separar roupas, pratos, talheres ou copos utilizados pelos portadores desta patologia.
O tempo entre o contágio e o aparecimento dos sintomas é longo, podendo variar de dois a cinco anos. “Ao perceber qualquer sintoma, o paciente não deve ter dúvidas nem preconceito, e procurar o quanto antes atendimento médico, na busca de um diagnóstico e tratamento precoces”.
Todos os médicos estão treinados para diagnosticar a hanseníase, mas o dermatologista é especialista que trata essa patologia. “Constantemente são realizadas buscas ativas”, salienta Dra. Vania Lucia Nogueira Mendes Tagliarini, dermatologista do Corpo Clínico do Hospital Ana Costa e responsável por um dos Serviços de Referência para tratamento e Controle de Hanseníase no município de Santos.
Vale lembrar que todos os casos de hanseníase têm cura. O tratamento pode durar de 6 a 12 meses, dependendo do estágio da doença, é gratuito e feito pelo serviço público de saúde, com medicamentos distribuídos pela Organização Mundial de Saúde.
Estigma
Desde os primórdios da humanidade, existem relatos sobre esta doença, sendo a mesma sempre muito estigmatizada. Conhecida desde a antiguidade como lepra, ela causava grande preconceito, fazendo com que toda a sociedade, e também familiares isolassem totalmente os pacientes de qualquer convívio. Não mais utilizado, o termo lepra nada mais é do que uma derivação de lepros, que em grego quer dizer manchas na pele. Em 1872, quando Hansen descobriu o bacilo que causava a doença, ela passou a ser conhecida como hanseníase, uma doença como tantas outras provocadas por bactérias e que, graças ao avanço da ciência, hoje tem cura.
São Vicente
Imunização de crianças e adolescentes contra o HPV está baixa no estado de SP
Tarcísio veta projeto de ampliação na prevenção do vírus HPV dentro de escolas estaduais
Ministério Público investiga médica por alegações falsas sobre vacina de HPV
Cotidiano
De acordo com a Secretaria Estadual de Saúde (SES), outras 17 mortes estão sob investigação.
Variedades
Disponível em formato e-book, o 'É assim que eu voto' oferece aos cidadãos uma ferramenta para compreender o funcionamento do sistema eleitoral brasileiro