03 de Maio de 2024 • 15:03
Falar de depressão e tratá-la ainda é um tabu no universo masculino. Há estudos que indicam que é uma doença é predominante do sexo feminino, mas há outros que apontam que os homens procuram menos auxilio quando apresentam um quadro depressivo.
A teoria de que eles evitam procurar ajuda é retratada no Centro de Pesquisas Dr. Hamilton Grabowski, de Curitiba, que seleciona pacientes com idade entre 18 e 65 anos com interesse de fazer parte de um programa de estudo de medicamentos antidepressivos.
De cada 40 pacientes inscritos no programa gratuito, apenas um é homem. “Há uma certa resistência em aceitar a depressão por entender que é algo atinge valores morais, por achar que perdeu-se a capacidade de lidar com os problemas ou porque é uma fraqueza simplesmente”, explica Luiz Fernando Petry, médico psiquiatra do Centro de Pesquisas Dr. Hamilton Grabowski.
Petry lembra que a intenção do programa é comparar o resultado entre dois antidepressivos já existentes no mercado há mais de 15 anos. Segundo ele, pacientes podem apresentar um diagnóstico feito por clinico ou fazer uma consulta no centro de pesquisas para saber se apresenta quadro de depressão ou não. “O diagnóstico é feito com sintomas centrais e acessórios: os sintomas centrais são a alteração na qualidade de humor, quando a pessoa começa a sentir tristeza, melancolia, com uma frequência muito grande e sem um motivo, além da diminuição de ânimo para fazer as coisas. Já a insônia, diminuição de apetite e alterações de libido são sintomas acessórios”, detalha o psiquiatra.
O médico lembra que o tratamento com os antidepressivos testados são seguros e eficazes, mas destaca que mudanças de hábitos e outras terapias auxiliam no desaparecimento dos sintomas. “Terapias de motivação comportamental e atividade físicas são importantes durante o tratamento”, conclui.
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