04 de Maio de 2024 • 14:44
Anvisa recebe solicitação de uso emergencial do Molnupiravir, pílula antiviral de via oral / Reprodução/ Estadão
A farmacêutica americana Merck Sharp & Dohme (MSD) solicitou à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) nesta sexta-feira (26) o uso emergencial do Molnupiravir, pílula antiviral de via oral desenvolvida pela farmacêutica em parceria com a Ridgeback Biotherapeutics. O remédio atua prevenindo a replicação do coronavírus e tem demonstrado ser eficaz no tratamento da Covid-19.
A Anvisa é a quinta agência regulatória do mundo a receber o pedido de uso emergencial do medicamento, segundo a MSD.
"Isso mostra claramente o compromisso da MSD com o Brasil e reforça a relevância do País para a companhia", informou a farmacêutica.
O medicamento já foi submetido a órgãos como a FDA (Estados Unidos), a EMA (União Europeia) e a Agência Japonesa de Produtos Farmacêuticos e Dispositivos Médicos. No início deste mês, o Molnupiravir recebeu aval da agência reguladora do Reino Unido e tornou-se o primeiro tratamento de via oral aprovado no mundo.
Faça parte do grupo do Diário no WhatsApp e Telegram.
Mantenha-se bem informado.
O remédio age induzindo mutações na enzima RNA-polimerase do Sars-CoV-2 conforme o material genético do vírus é replicado. Desse modo, ele consegue enfraquecer o vírus e diminuir os danos causados ao corpo. Por ser administrado por via oral, a expectativa é que seja mais acessível que outros medicamentos.
Ainda não há resultados científicos definitivos, mas a farmacêutica divulgou resultados preliminares de um estudo de fase 3 que apontam que o remédio tem potencial de reduzir em 50% o risco de hospitalização ou morte dos pacientes com Covid-19. Para isso, ele deve ser administrado logo nos primeiros dias após o início dos sintomas.
A MSD informou que, até o 29º dia de análise desde o início dos testes em voluntários, nenhuma morte foi relatada em pacientes que receberam Molnupiravir, em comparação com oito mortes em pacientes que receberam placebo.
A análise interina avaliou dados de 775 pacientes que foram inicialmente inscritos no estudo clínico randomizado, duplo-cego e controlado por placebo de fase 3.
O estudo incluiu sete centros de pesquisa no Brasil: três em São Paulo (dois na capital e um em São José do Rio Preto), um no Distrito Federal (Brasília), um em Minas Gerais (Belo Horizonte), um no Paraná (Curitiba) e um no Rio Grande do Sul (Bento Gonçalves).
Ao lado do Paxlovid, remédio desenvolvido pela Pfizer, o Molnupiravir é uma das pílulas antivirais que tem demonstrado maior potencial.
Fiocruz
A MSD informou que está em "conversas avançadas" com a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) desde janeiro deste ano para definir um modelo de cooperação técnica por meio do Instituto de Tecnologia em Fármacos (Farmanguinhos/Fiocruz).
As negociações em andamento, acrescenta a farmacêutica, incluem a possibilidade de estudos futuros para avaliar o antiviral no enfrentamento de outras infecções virais, como dengue e chikungunya.
São Vicente
Imunização de crianças e adolescentes contra o HPV está baixa no estado de SP
Tarcísio veta projeto de ampliação na prevenção do vírus HPV dentro de escolas estaduais
Ministério Público investiga médica por alegações falsas sobre vacina de HPV
Nacional
Ingrid Raunaimer é advogada trabalhista e destaca o papel social das empresas, desde o recrutamento inclusivo até as políticas internas de combate ao preconceito
Economia
Secretário de Urbanismo explica as medidas que foram tomadas para que investidores voltassem a enxergar o potencial da região central