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Saúde

Vacina da gripe diminui internações em 62%

Dados da Secretaria de Estado da Saúde ainda mostram queda da mortalidade

Publicado em 20/05/2015 às 10:26

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Pesquisa inédita da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo realizada em parceria com o Instituto de Infectologia Emílio Ribas aponta que as internações de idosos com 60 anos ou mais em hospitais públicos do Estado por complicações decorrentes da gripe caiu 62% depois que a vacinação contra a doença foi introduzida no calendário da rede pública de saúde.

Segundo o estudo, entre 1995 e 1998 a média de internações de idosos por doenças respiratórias associadas ao vírus Influenza em hospitais do SUS (Sistema Único de Saúde) era de 5.982 por ano. De 1999 (ano de introdução da vacina) a 2009, a média caiu para 2.275.

Os dados também apontaram queda de 43,4% nas mortes de idosos causadas por doenças respiratórias associadas à gripe. De 1995 a 1998 a média foi de 1.921 mortes por ano. Já entre 1999 e 2009 a média caiu para 1.088 mortes anuais.

Os dados também apontaram queda de 43,4% nas mortes de idosos causadas por doenças respiratórias (Foto: Divulgação)

“A partir desta análise, não resta dúvida de que as pessoas não devem perder, de forma alguma, a oportunidade de se vacinar contra a gripe, em especial aquelas que têm mais probabilidade de desenvolverem complicações do vírus Influenza, como é o caso dos idosos, por exemplo”, afirma a médica infectologista Ana Freitas Ribeiro, médica do Emílio Ribas e ex-diretora do Centro de Vigilância Epidemiológica da Secretaria, responsável pela pesquisa.

Gestantes

Na mesma linha de trabalho, a médica também fez um outro estudo voltado especificamente à gestantes durante a pandemia de 2009. Os dados mostram que não só as mães, como também os bebês podem sofrer as consequências da gripe durante a gestação.

O levantamento mostrou que 48 gestantes morreram no Estado com quadro de doença respiratória aguda na época. Em 26 casos (ou 54%), houve perdas fetais (aborto ou morte do bebê) em função das complicações na saúde da mãe. 

Outras 185 mulheres que foram internadas conseguiram sobreviver à doença, porém 24 (ou 12%) delas acabaram dando à luz e em quase metade destes casos (11), os bebês nasceram prematuros.
 

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