05 de Maio de 2024 • 15:00
Saúde
Meta é imunizar 80% da população feminina nesta faixa etária em todo o Estado. Além dos postos de saúde, a vacinação também deve ocorrer em escolas, a critério de cada município
Em apenas uma semana, o Estado de São Paulo conseguiu vacinar 186.727 meninas entre 11 e 13 anos de idade contra o papilomavírus humano (HPV). É o que aponta balanço parcial da Secretaria de Estado da Saúde com base nos dados informados até a manhã desta segunda-feira, dia 17 de março, pelas salas de vacinação em todo o Estado (informações regionais abaixo). A campanha teve início no último dia 10.
Até o dia 10 de abril, o Estado de São Paulo pretende imunizar 808,3 mil meninas dessa faixa etária contra o HPV, causador do câncer de colo de útero. O número corresponde a 80% do total de 1.010.397 de adolescentes paulistas do sexo feminino que constituem o público-alvo da vacinação. Para isso, aproximadamente cinco mil postos de saúde, com horário de funcionamento das 8h às 17h, foram abastecidos com as vacinas contra o HPV para a aplicação da primeira dose.
Além dos postos de saúde, a vacinação também deve ocorrer em escolas, a critério de cada município. A Secretaria recomenda que as adolescentes ou seus pais ou responsáveis consultem a direção das unidades de ensino onde estudam para saber se haverá vacinação no local.
No ano de 2014, o esquema vacinal será destinado às adolescentes com 11, 12 e 13 anos de idade e deve ser divido em três etapas. A segunda dose da vacina deve ser aplicada seis meses após a primeira dose. Já a terceira dose, que funciona como um reforço, deve ser aplicada cinco anos após a primeira dose. A recomendação é de que as adolescentes levem a caderneta de vacinação aos postos.
No ano de 2015, a vacina contra o HPV será destinada às meninas entre nove e 11 anos e também será dividida em três etapas. A partir do ano de 2016, a vacina passará a ser aplicada nas meninas com nove anos de idade.
“A inclusão da vacina contra o HPV no calendário de imunização do SUS é uma importante medida para reduzir a transmissão do papilomavírus humano, vírus capaz de causar lesões de pele e mucosas e, quando não tratado corretamente pode evoluir para casos de câncer de colo do útero. Ao alcançar uma elevada cobertura vacinal entre a população-alvo, observaremos, consequentemente, uma maior proteção contra a incidência do câncer de útero”, afirma a médica Helena Sato, diretora de imunização da Secretaria.
Sobre o HPV
O papilomavírus humano (HPV) é um vírus contagioso que pode ser transmitido com uma única exposição, por meio de contato direto com a pele ou mucosa infectada. Sua principal forma de transmissão pode ocorrer via relação sexual, mas também há contagio entre mãe e bebê durante a gravidez ou o parto, é a chamada transmissão vertical.
Inicialmente assintomática, a infecção por HPV pode evoluir para lesões de pele e mucosas, em alguns casos também ocasiona o surgimento de verrugas genitais.
Quando não tratada corretamente, essas lesões podem evoluir para um quadro de câncer genital, como o câncer de colo de útero, cuja doença tem como principais sintomas dores, corrimento ou sangramento vaginal.
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