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Política

Moreira: governo não quer que sistema previdenciário seja uma meia-sola

O governo acredita que conseguirá sensibilizar os parlamentares para aprovar a reforma da Previdência ainda este ano

Estadão Conteúdo

Publicado em 25/11/2017 às 08:30

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Ministro disse que as contas públicas não suportam o sistema atuarial que caracteriza a previdência no Brasil / Divulgação/Fotos Públicas

Em sua primeira visita de uma série de viagens que promete fazer pelo País para vistoriar obras que serão retomadas no programa Avançar, o ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Moreira Franco, disse nesta sexta-feira, 24, no Rio Grande do Sul, que o governo acredita que conseguirá sensibilizar os parlamentares para aprovar a reforma da Previdência ainda este ano.

"O que importa agora é nós tirarmos todos os obstáculos para votar, ainda este ano, a reforma da Previdência. A reforma é fundamental para o País, não é uma questão do governo", disse. "Acreditamos que vamos ter (os 308 votos), porque acreditamos no espírito público do poder legislativo. A Câmara e o Senado têm votado com muita clareza e firmeza esse conjunto de reformas que estamos fazendo", completou.

Moreira disse que as contas públicas não suportam o sistema atuarial que caracteriza a previdência no Brasil e citou como exemplo o Rio de Janeiro, seu reduto eleitoral. "O Rio de Janeiro tem com muita frequência atrasado aposentadorias, pensões, salários, em função de uma pressão intolerável do sistema previdenciário que já não atende à necessidade atual. Por isso a prioridade nossa é essa", afirmou.

Ao ser questionado se o governo pode fazer mais ajustes e mudanças no texto, conforme pressão de parlamentares, o ministro não descartou alterações e disse que o governo está dialogando para que se chegue a uma alternativa que não deixe mais o sistema previdenciário da União "meia-sola".

"A política é dialogo, pressão e concessão são coisas, atitudes, que fazem parte do relacionamento humano. As pessoas vivem assim, ouvindo, fazendo concessões, avançando, melhorando. É exatamente esse esforço que estamos fazendo, por intermédio do dialogo, buscar uma alternativa para o sistema previdenciário da União que não seja meia-sola, que dê o sentido que vai efetivamente melhorar o futuro do País", destacou.

O ministro disse que não é o momento de se trabalhar com a hipótese de adiamento da reforma, já que em 2018, por ser ano eleitoral, parlamentares já ressaltam que será ainda mais difícil aprová-la. "Creio que vamos votar este ano. O esforço que estamos fazendo, toda a nossa mobilização, toda a nossa capacidade de convencimento é no sentido de votar esse ano", reiterou.

Reforçando a estratégia do governo de dividir a responsabilidade da reforma com o Congresso, Moreira repetiu que a expectativa é que "os deputados e senadores saberão votar em benefício do País".

O ministro encerrou a entrevista que concedeu a jornalistas no Rio Grande do Sul ao ser questionado sobre o imbróglio desta semana com a possível substituição do tucano Antonio Imbassahy pelo deputado Carlos Marun na Secretaria de Governo. Ao ser indagado se o nome de Marun seguia definido para a pasta, o ministro apenas respondeu: "Segue pra onde?".

Ponte do Rio Guaíba

Ao lado do ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, e dos Transportes, Maurício Quintella, o ministro Moreira escolheu uma das obras que a ex-presidente Dilma Rousseff lançou para iniciar o seu prometido "giro pelo País". De acordo com o cronograma do Avançar, o governo do presidente Michel Temer liberou investimentos de R$ 240 milhões para ser aplicado na retomada na obra até o fim de 2018.

A construção da ponte foi iniciada em 2014. De acordo com o acompanhamento feito pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), responsável pelo projeto, a execução da obra está em 55%.

Ao anunciar a liberação, Moreira disse que o governo está retomando a sua capacidade de investimento e que a "desorganização orçamentária é uma pagina que estamos, com grande esforço, conseguindo virar". O ministro disse ainda que o governo vai cumprir todas as promessas feitas no Avançar porque o "espírito do governo Temer" não gosta de enganar as pessoas.

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