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Política

"Habitação é o grande desafio desse momento”

Fim das submoradias, enchentes na ZNo e avanço na Educação são as metas do prefeito de Santos, João Paulo Papa

Publicado em 15/02/2013 às 23:57

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O prefeito de Santos, João Paulo Tavares Papa, 49 anos, disse que já cumpriu 77% do plano de Governo, com investimentos nas áreas da Educação, Saúde, Urbanismo e Segurança Pública. No início de seu ultimo ano de mandato, Papa declara que sempre há o que fazer ainda nessas áreas, mas que seu principal desafio este ano, é a Habitação. Engenheiro e professor, Papa foi eleito prefeito de Santos pelo PMDB, em 2004, partido no qual ingressou quando a denominação ainda era MDB.

DL - O que já foi cumprido em sua gestão na cidade de Santos, de seu plano de Governo? Quais áreas o senhor elegeu como prioridades e quais dessas já foram atendidas?
Papa
– Já cumpri 77% do meu plano de Governo. Na Educação, os educadores passam por curso de capacitação permanente. Implantamos um sistema de educação, um software, que oferece uma gama de informações que auxiliam educadores e alunos.

DL - Quais ações o senhor ainda deve realizar ao longo de 2008, conforme a meta de seu plano de Governo?
Nesse ano estamos nos preparando para dar um passo ainda mais ambicioso, que é a criação de um Centro de Excelência em Educação para educadores e alunos. Compramos uma área de 25 mil metros na Vila Mathias, nas antigas instalações da CPFL. Estamos finalizando os contratos. O projeto vai ser um centro de Referência e Excelência em Educação voltado para a capacitação e reciclagem pedagógica de professores e ao mesmo tempo um espaço multidisciplinar para que o aluno possa complementar a jornada escolar. Pretendo deixar todas as parceria fechadas para a realização das obras do Centro. Espero que em 2009 sejam iniciadas as atividades.

DL – Está no seu plano também o fim das submoradias em Santos, não é?
Papa
– A Habitação é um grande desafio nesse momento. Temos seis mil famílias morando em palafitas nos mangues e em áreas de risco, nos morros. E pretendemos construir 7.500 moradias, em parceria com o Governo Federal, Governo do Estado e Banco Mundial. Neste projeto, está incluída a urbanizar da Alemoa onde residem 1.113 famílias. Quando aconteceu aquele incêndio (18 de dezembro de 2006) decidi trabalhar nesse projeto para evitar que aconteça de novo com as famílias que moram em moradias precárias. Pretendo finalizar os contratos para as 7.500 moradias ainda este ano, mas é um projeto a longo prazo para execução em pelo menos três anos.

DL – Ainda falando em Habitação, prefeito, aquela sua idéia de revitalizar os cortiços para que as famílias já residentes permaneçam em suas casas teve algum avanço?
Papa
– Estamos elaborando junto com a Cohab uma legislação específica para os cortiços. Nossa idéia é convencer os proprietários a investirem na reforma dos imóveis com instalações adequadas para abrigar essas famílias, com quartos, banheiros, luz elétrica e água. O projeto de lei deve ser encaminhado à Câmara Municipal ainda neste primeiro semestre. Há grande chance de aprovarem essa idéia.
   
DL - Um de seus projetos é solucionar o problema das enchentes na Zona Noroeste. Como está o andamento dessa questão. Qual o aporte necessário para as obras?
Papa
– Estamos finalizando as negociações com o Banco Mundial para um financiamento de US$ 80 milhões. O projeto já está pronto e os recursos serão investidos no alargamento de canais e construção de galerias que garantirão o fim das enchentes. É um projeto a longo prazo que pretendo iniciar ainda este ano, mas que tenha continuidade nos próximos anos. Ainda na Zona Noroeste, vamos inaugurar até abril o Centro Poliesportivo do Dale Coutinho.
 
DL - O senhor é pré-candidato à reeleição?
Papa
- Neste momento eu sou prefeito e não penso em reeleição. É um processo natural, mas não estou pensando nisso agora.

DL - Caso o senhor seja reeleito, quais os projetos futuros para a municipalidade?
Papa
– Como já disse não penso em reeleição.

DL – O senhor falou de dois grande projetos que serão executados a longo prazo. Na hipótese de sua reeleição, seria possível concluir as obras na Zona Noroeste para acabar com as enchentes e a construção de 7.500 moradias na Cidade?
Papa
– Sim, mas mesmo que isso não aconteça, gostaria que o próximo prefeito desse continuidade a esses projetos que são fundamentais para a Cidade.

DL – O Complexo Turístico Marina Porto de Santos se tornou a sua menina dos olhos. Como está a questão da cessão das áreas dos armazéns 1 ao 8 do porto de Santos? O ministro já autorizou a cessão, mas ainda restava o aval da Codesp.
Papa – Terei uma reunião com o ministro Pedro Brito, esta semana, para tratar da cessão dos armazéns. O porto de Santos é a porta de entrada do Hemisfério Sul, um dos mais importantes hoje na economia mundial. Fico chateado com alguns críticos do projeto que simplificam dizendo que o prefeito de Santos quer colocar barzinhos no porto. Não é nada disso. Eu poderia simplificar me referindo a uma plataforma ou a um terminal de contêineres como um lugar para empilhar caixotinhos. Não é isso. Quando você fala de utilizar algo que está ali numa área nobre de entretenimento, de turismo, de cultura, gastronomia e de negócios também, o que você está falando é em fortalecer economicamente a cidade e dar a ela um diferencial. Nova Iorque, Barcelona, Belém (Pará), Gênova, fizeram isso em seus portos antigos. Colocando esse projeto em pé, certamente vai se transformar numa referência brasileira e até mundial em matéria de turismo. A ministra do Turismo, Marta Suplicy, que é paulistana, declarou que com esse empreendimento Santos tem ouro em pó. Temos que investir na indústria do Turismo, que é uma indústria do bem, que não polui, com ganho econômico. Na visão de cidades inteligentes que tiveram boas solução para antigos problemas. É isso que queremos. Esse projeto é uma  solução futura para um velho problema de acúmulo de lixo num setor portuário importante, mas que já não tem mais potencial para atividade de carga.

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