X

Política

Dilma nomeia Toron para vaga no TRE de São Paulo

O mandato do criminalista é de dois anos, renovável por mais dois anos, uma única vez

Pedro Henrique Fonseca

Publicado em 17/04/2014 às 17:57

Comentar:

Compartilhe:

A-

A+

A presidente Dilma Rousseff nomeou nesta quarta feira o criminalista Alberto Zacharias Toron para o cargo de juiz do Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo. Toron, há 32 anos na advocacia, vai ocupar cadeira da classe jurista - destinada a advogados na Corte eleitoral. Toron integrava lista tríplice do TRE paulista e passou pelo crivo do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que examinou os requisitos objetivos e subjetivos - notório saber jurídico e reputação ilibada. Levada a lista ao Palácio do Planalto, ele foi o escolhido por Dilma.

O mandato de Toron é de dois anos, renovável por mais dois anos, uma única vez. Mestre e doutor em Direito Penal pela Universidade de São Paulo (USP), professor da PUC/SP de Direito Penal, Toron possui curso de especialização em Direito Penal da Universidade de Salamanca e de Direito Penal Econômico da Universidade de Coimbra.

Ele foi presidente do Conselho Estadual de Entorpecentes do governo Mário Covas (PSDB). Autor de vários livros, Toron defendeu ao longo de sua carreira polêmicos personagens da história recente, como o ex-deputado João Paulo Cunha (PT/SP), no processo do Mensalão, e o ex-juiz Nicolau dos Santos Neto, preso por desvio de dinheiro da obra do Fórum Trabalhista da Capital.

A presidente Dilma Rousseff nomeou o criminalista Alberto Zacharias Toron para o cargo de juiz do TRE-SP (Foto: Divulgação/STF)

Sua nomeação será publicada no Diário Oficial e a posse administrativa no TRE paulista será marcada pelo presidente da Corte, desembargador Mathias Coltro. Toron considera "um desafio" sua nova missão - ele vai atuar já nas próximas eleições gerais. Ele destaca que é defensor também de uma das empresas do cartel do Metrô de São Paulo. Esta semana ele conseguiu anular na Justiça uma ação penal contra uma empresa sua cliente.

"Atuei nas mais importantes operações da Polícia Federal nos últimos anos", destaca. "Eu me orgulho do meu trabalho, vivo do meu trabalho, sou filho de imigrantes, tudo o que tenho é graças à advocacia e à Justiça do meu País." Sobre o fato de ter defendido João Paulo Cunha nos autos da Ação Penal 470, Toron foi enfático: "Eu não tenho vínculo com o PT, eu tenho vinculação com a Justiça."

Apoie o Diário do Litoral
A sua ajuda é fundamental para nós do Diário do Litoral. Por meio do seu apoio conseguiremos elaborar mais reportagens investigativas e produzir matérias especiais mais aprofundadas.

O jornalismo independente e investigativo é o alicerce de uma sociedade mais justa. Nós do Diário do Litoral temos esse compromisso com você, leitor, mantendo nossas notícias e plataformas acessíveis a todos de forma gratuita. Acreditamos que todo cidadão tem o direito a informações verdadeiras para se manter atualizado no mundo em que vivemos.

Para o Diário do Litoral continuar esse trabalho vital, contamos com a generosidade daqueles que têm a capacidade de contribuir. Se você puder, ajude-nos com uma doação mensal ou única, a partir de apenas R$ 5. Leva menos de um minuto para você mostrar o seu apoio.

Obrigado por fazer parte do nosso compromisso com o jornalismo verdadeiro.

VEJA TAMBÉM

ÚLTIMAS

Cotidiano

Espera na balsa entre Santos e Guarujá tem tempo elevado na noite desta quinta (24)

Balsas são gratuitas para ciclistas. Idosos e pessoas com deficiência têm embarque prioritário

Polícia

Trio ligado ao tráfico é preso em Peruíbe

A ocorrência foi conduzida por policiais da Delegacia de Polícia Sede do município

©2024 Diário do Litoral. Todos os Direitos Reservados.

Software

Newsletter