X

Política

Cunha e Funaro ficam novamente frente a frente na Justiça Federal de Brasília

O deputado cassado foi autorizado a se deslocar para Brasília para prestar depoimento presencial e acompanhar as oitivas da Operação Sépsis

Agência Brasil

Publicado em 27/10/2017 às 16:01

Comentar:

Compartilhe:

A-

A+

Eduardo Cunha acompanhou a continuação do depoimento de Fábio Cleto / Agência Brasil

O deputado cassado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) e o homem apontado como seu ex-operador de propina, Lucio Funaro, voltaram a se sentar frente a frente hoje (27) na Justiça Federal em Brasília. Eles já haviam se encarado ontem (26), quando o ex-deputado se recusou a cumprimentar o analista financeiro quando este lhe estendeu a mão.

Em delação premiada, cujos depoimentos foram recentemente divulgados no site da Câmara dos Deputados, Funaro disse que Cunha funcionava com uma espécie de “banco de propina” para o PMDB. O ex-deputado nega as acusações.

Preso preventivamente em Curitiba, Cunha foi autorizado a se deslocar para Brasília para prestar depoimento presencial e acompanhar as oitivas da Operação Sépsis, do qual é réu junto com Funaro. Neste caso, ambos são acusados de operar um esquema de desvios na vice-presidência da Caixa, responsável por gerir o Fundo de Investimentos do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FI-FGTS).

Na manhã desta quarta-feira (25), Cunha e Funaro – também preso preventivamente há mais de um ano em Brasília –, acompanharam a continuação do depoimento de Fábio Cleto, ex-vice-presidente de FI-FGTS da Caixa.

Cleto, que também fechou acordo de delação premiada com a Justiça, contou por meio de videoconferência a partir de Campinas, onde se encontra preso, detalhes sobre o esquema de pagamento de propina que afirma ter sido comandado por Cunha. Ele confirmou ter sido indicado ao cargo por Cunha, a quem foi apresentado por Funaro.

Entre os diversos esquemas relatados por Cleto, que ocupou a vice-presidência da Caixa entre abril de 2011 e abril de 2015, está o desvio de 1,5% dos recursos liberados pelo banco público para o Porto Maravilha, plano de investimento na zona portuária do Rio de Janeiro cujo orçamento ultrapassou os R$ 3,5 bilhões.

Enquanto ouvia, a todo momento Eduardo Cunha fazia anotações e conversava com seu advogado. Ele chegou à sala de audiências com uma mala repleta de documentos.

Apoie o Diário do Litoral
A sua ajuda é fundamental para nós do Diário do Litoral. Por meio do seu apoio conseguiremos elaborar mais reportagens investigativas e produzir matérias especiais mais aprofundadas.

O jornalismo independente e investigativo é o alicerce de uma sociedade mais justa. Nós do Diário do Litoral temos esse compromisso com você, leitor, mantendo nossas notícias e plataformas acessíveis a todos de forma gratuita. Acreditamos que todo cidadão tem o direito a informações verdadeiras para se manter atualizado no mundo em que vivemos.

Para o Diário do Litoral continuar esse trabalho vital, contamos com a generosidade daqueles que têm a capacidade de contribuir. Se você puder, ajude-nos com uma doação mensal ou única, a partir de apenas R$ 5. Leva menos de um minuto para você mostrar o seu apoio.

Obrigado por fazer parte do nosso compromisso com o jornalismo verdadeiro.

VEJA TAMBÉM

ÚLTIMAS

Cotidiano

Baixada Santista confirma sétima morte por dengue

A vítima é uma mulher de 49 anos, que morreu no último dia 3

Santos

Pacientes com câncer estão tendo cirurgias suspensas em Santos

Denúncia foi feita pela vereadora Audrey Kleys (Novo) durante a 22ª Sessão Ordinária da Câmara de Santos nesta terça-feira (23)

©2024 Diário do Litoral. Todos os Direitos Reservados.

Software

Newsletter