04 de Maio de 2024 • 12:21
O museu visitado pelo presidente recorda a morte de 6 milhões de judeus no período da Segunda Guerra Mundial / Wilson Dias/Agência Brasil
O presidente brasileiro Jair Bolsonaro colocou flores no Hall da Memória do Museu do Holocausto (Yad Vashem), em Jerusalém, nesta terça-feira (2). O museu recorda a morte de 6 milhões de judeus no período da Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
"Aquele que esquece o seu passado está condenado a não ter futuro", disse o presidente, depois de visitar a exposição de fotos "Flashes of Memory" e assinar o livro de honra.
Em cerimônia tradicional, que incluiu reavivar a chamada Chama Eterna e assistir a uma apresentação musical feita por um coro de meninas, Bolsonaro colocou uma coroa de gérberas num túmulo que simboliza os mortos. Por fim, foi cantada uma oração judaica.
Logo depois, o presidente inaugurou uma placa em nome do Brasil e plantou uma muda de oliveira no Bosque das Nações -mesmo local onde o ex-presidente Lula plantou uma árvore em 2010, quando visitou Israel.
Um grupo de cinco manifestantes tentou protestar contra o desmatamento da Amazônia, mas foi retirado pela polícia.
Perguntado por jornalistas se o escritório de negócios que será aberto em Jerusalém terá também uma representação diplomática, Bolsonaro respondeu apenas que "um grande casamento começa com um namoro e um noivado. Estamos no caminho certo, no meu entender".
O presidente prometeu na campanha eleitoral transferir a embaixada brasileira de Tel Aviv para Jerusalém. Durante a viagem a Israel, ele anunciou a abertura de um escritório de negócios na cidade, disputada por palestinos e israelenses.
O anúncio revoltou os palestinos, que chamaram o embaixador do Brasil para consultas e articulam medidas com outros países árabes como resposta à decisão.
Bolsonaro fica em Israel até a manhã de quarta-feira (3). Ele antecipou seu retorno ao Brasil e cancelou uma visita que faria a uma cidade próxima a Jerusalém, onde se encontraria com 250 brasileiros que vivem no país.
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