04 de Maio de 2024 • 06:53
Em evento da Rede Sustentabilidade, o governador de Pernambuco e provável candidato à Presidência, Eduardo Campos (PSB), afirmou que o capitalismo vive a sua mais profunda crise. "[A crise] se alonga há cinco anos, teve grandes reflexos nos países, nas nações, na vida, no cotidiano do nosso povo", disse. Campos discursou antes da ex-ministra Marina Silva.
Campos lembrou que a Justiça não reconheceu como partido político a Rede Sustentabilidade e chamou de "fato político do ano" o casamento da Rede com o seu PSB. Ele afirmou que a Rede transformou "o revés em uma vitória". "Todo dia percebemos reação ao fato político que marcou o ano de 2013 e com certeza marcará mais ainda 2014", disse.
Durante o discurso, o governador incluiu o PPS na aliança. "A estratégia da Rede, do PSB e daqui a pouco do PPS, deve ser definida por nós e não pelos outros", afirmou. "Tudo bem que eles têm força e poder, mas ainda não têm poder de fazer com que a gente faça o que eles querem", disse, em referência à oposição.
Campos afirmou que a decisão tomada por Marina, que se uniu ao PSB depois de não conseguir formar o seu partido, não foi "a decisão mais fácil". Mas, segundo ele, "tempo e debate" mostrarão a importância da união. "[A união] teve como referência não a ambição de disputar cargos, mas o propósito de fazer um debate muito mais elevado, sobre futuro do país. É a necessidade de fazer política e não só eleição atrás de eleição", disse.
"Aquela decisão tomada pela justiça de não reconhecer formalmente a possibilidade de a Rede fazer disputa em 2014 enquanto Rede, na cabeça de alguns tinha sido uma posição que permitia que o velho debate pudesse dominar a cena política. Era um contrassenso porque a sociedade procurava firmar um debate de conteúdo, de futuro, que pudesse acontecer o que está acontecendo no mundo", afirmou Campos.
Campos também fez referência em seu discurso às manifestações de rua que ocorreram neste ano. "Precisamos de mais integração entre a sociedade e a democracia que construímos ao longo de 30 anos. Precisamos de mais participação, de mais canais que mobilizem a energia que está na sociedade."
Depois de ter ocorrido homenagem a Chico Mendes, que completaria 69 anos hoje, Eduardo Campos mencionou o avô, Miguel Arraes, que, segundo ele, estaria completando 99 anos. "É gente que nunca se entregou, nunca se vendeu", afirmou.
Polícia
Ainda não há informações sobre as identidades dos dois cadáveres
Cotidiano
De acordo com a Secretaria Estadual de Saúde (SES), outras 17 mortes estão sob investigação.