07 de Outubro de 2024 • 08:38
O prefeito de São Paulo Fernando Haddad (PT) disse na manhã desta sexta-feira, 08, não acreditar que os professores da rede municipal de ensino entrem em greve. "Não vejo isso(possibilidade de greve). Acho que está tranquila a relação. O diálogo está bom", afirmou. Haddad disse que se reunirá na próxima semana com Gabriel Chalita, secretário municipal de Educação de São Paulo, para conversar sobre o assunto.
Nesta quinta-feira, o jornal O Estado de S. Paulo informou que Prefeituras de São Paulo temem "contaminação" da greve de professores. O assunto foi discutido no fim do mês passado em reunião da Câmara Temática de Educação da Região Metropolitana de São Paulo - o órgão reúne secretários municipais e também o titular da pasta no Estado. A greve na rede estadual é a que mais preocupa.
"Prefeitos de outras cidades esperam que a greve no Estado acabe logo, porque é evidente que começa a contaminar as outras redes" diz o secretário municipal de Educação de São Paulo, Gabriel Chalita, que preside a Câmara Temática.
Professores da rede municipal de ensino de São Paulo fizeram uma assembleia na frente da Prefeitura, no centro da capital, na tarde desta quinta-feira, 7. Os docentes disseram que não excluem a possibilidade de greve, mas que ela está adiada por ora. Uma nova assembleia foi marcada para o mesmo local no dia 15 de maio.
Eles discordam da proposta de aumento salarial de 10% no piso a partir de outubro, feita pela gestão do prefeito Fernando Haddad. Os professores querem reajuste de 25% já neste mês.
O Sindicato dos Profissionais em Educação no Ensino Municipal de São Paulo (Sinpeem) estimou entre 1,5 mil e 2 mil o número de pessoas que participaram do ato, enquanto a Polícia Militar contabilizou 400.
Histórico
Depois de enfrentar duas greves longas nos dois primeiros anos de mandato, a gestão Haddad apresentou proposta de aumento antes de haver um movimento grevista. Nos anos anteriores, a Prefeitura havia apostado que o pagamento de incorporações seriam suficientes.
A capital ofereceu 10% de aumento em forma de abono, a serem pagos em outubro e incorporados em 2017. A incorporação de 5,5% neste mês, conquistados após greve de 2014, está garantida, bem como outras duas no próximo ano. Claudio Fonseca, presidente do Sinpeem diz que negocia a proposta, mas discorda dela. "A incorporação deve ser até 2016, não no outro mandato."
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