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Política

Querem desfocar uma investigação séria, diz Cardozo

No começo desta semana, o presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves (MG), pediu o afastamento de Cardozo do cargo de ministro da Justiça

Pedro Henrique Fonseca

Publicado em 28/11/2013 às 18:05

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O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, voltou a dar entrevista nesta quinta-feira, 28, sobre os encaminhamentos do caso Siemens. "Querem transformar a investigação do cartel em disputa política", disse o ministro, numa referência à apuração sobre as denúncias de esquema de corrupção e formação de cartel na construção do metrô de São Paulo. Documento de um ex-diretor da Siemens entregue ao ministro Cardozo revelaria ainda o envolvimento de tucanos em uma empresa de consultoria que intermediaria o esquema do cartel

"A Polícia Federal e o Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) não se intimidarão", disse Cardozo. "É evidente que, no Brasil, algumas pessoas pretendem desfocar uma investigação séria e rigorosa para uma polêmica eleitoral, uma disputa entre partidos, para saber quem agiu melhor, o partido A ou B. Querem uma cortina de fumaça", completou.

No começo desta semana, o presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves (MG), pediu o afastamento de Cardozo do cargo de ministro da Justiça, em razão dele ter encaminhado à Polícia Federal o documento do ex-diretor da Siemens. Para os tucanos, o ministro não poderia encaminhar um documento sem autenticidade, que ele teria recebido em casa e não oficialmente, à Polícia Federal.

José Eduardo Cardozo voltou a dar entrevista sobre os encaminhamentos do caso Siemens (Foto: Agência Brasil)

O PSDB também questiona a tradução do documento que, originalmente, teria sido redigido em inglês. Sobre essa questão, Cardozo disse que é um "baixo pretexto, um vil pretexto para se tentar criar uma cortina de fumaça".

Segundo o ministro, se fosse uma tradução errada, ele mandaria para a Polícia Federal do mesmo jeito. Cardozo apresentou, durante a coletiva um Power Point comparativo dos dois documentos - o em inglês e o em português. O objetivo é provar que não se trata de uma tradução. O documento em inglês tem cinco páginas. A versão em português tem sete páginas. Apesar da negativa do ministro, um índice que acompanha os documentos diz que se trata de uma "tradução para o inglês".

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