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Política

Para Cunha, 'minoria' foi ao STF contra reforma política

"O problema é que aqueles que defendiam reforma política, defendiam lista fechada e financiamento público tiveram uma derrota vergonhosa. E não se conformam com a derrota", afirmou

Publicado em 31/05/2015 às 15:21

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O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), chamou o grupo de 61 deputados de seis partidos que protocolaram mandado se segurança para impedir a votação da PEC da Reforma Política de "minoria" inconformada com a derrota sofrida em plenário. "Esses mesmos já entraram com várias ações para qualquer decisão minha e todas lá estão sem sucesso até agora, porque não assistem razão. E esses mesmos ainda sofrerão outras derrotas porque as suas posições são minoritárias em plenário", disse.

Cunha utilizou sua conta no Twitter neste domingo para rebater os argumentos da ação protocolada no STF. "O problema é que aqueles que defendiam reforma política, defendiam lista fechada e financiamento público tiveram uma derrota vergonhosa. E não se conformam com a derrota", afirmou.

Ele defendeu o rito de votação das emendas da reforma política até agora aprovada, especialmente a que inclui na Constituição a doação de empresas a partidos, que motivou a ação no STF liderada por 36 deputados do PT, que conseguiram apoio de parlamentares de outro cinco partidos: PPS (8 deputados), PSB (6), PCdoB (6), PSOL (4) e PROS (1). "Acho muito engraçado comprarem versão de grupo contrariado com a derrota de plenário de que houve manobra de votação da minha parte. Aqueles que falam isso ou desconhecem o processo legislativo ou falseiam as informações para passarem a sua versão."

Cunha utilizou sua conta no Twitter neste domingo para rebater os argumentos da ação protocolada no STF (Foto: Agência Brasil)

O presidente afirmou que o grupo foi ao STF "só para alimentar na mídia a polêmica". Ele argumenta que "basta conhecer o regimento e processo legislativo para ver a verdade", que neste caso seria não haver atropelamento da votação com a decisão de manter em pauta uma nova emenda sobre o financiamento privado de campanha um dia depois de o tema ter sido rejeitado.

Segundo ele, havia outras emendas sobre o tema (financiamento público e misto) e o acordo era votar todas até que uma delas fosse aprovada, eliminando as demais, ou até que todas fossem rejeitadas. A recusa na noite de terça-feira foi uma derrota de Cunha. Ele, então, articulou no dia seguinte para conseguir aprovar uma emenda apresentada pelo PRB. "Todos os temas tiveram varias votações e o combinado com os líderes era que uma vez aprovado um item não se aceitaria emendas para rever. Mas todos sabiam que enquanto nada fosse aprovado de cada item poderiam se ter destaques para matérias com conteúdo parcial ou diferente."

O presidente rebateu também a crítica feita por alguns deputados sobre o perfil dele na condução dos trabalhos da Casa, que é visto como autoritário por alguns. "Essa história de achar que eu decido tudo sozinho e uma falácia. Afinal 330 votos favoráveis, fui eu quem votou 330 vezes?", questionou.

A sequência de mensagens no Twitter movimentou os seguidores do presidente da Câmara na rede social. Um deles provocou Cunha dizendo que ele "acordou venenoso" neste domingo.

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