X

Política

Oposição tentar reverter no STF troca-troca para salvar Temer de denúncia

As mudanças foram promovidas pelos partidos da base para barrar a denúncia contra o presidente por corrupção passiva

Folhapress

Publicado em 11/07/2017 às 18:00

Comentar:

Compartilhe:

A-

A+

A oposição a Michel Temer na Câmara vai entrar nesta terça (11) com um mandado de segurança no STF (Supremo Tribunal Federal) para tentar anular o troca-troca de membros da CCJ (Comissão de Constituição e Justiça). As mudanças foram promovidas pelos partidos da base para barrar a denúncia contra o presidente por corrupção passiva.

Levantamento da Folha de S.Paulo indica que a base governista remanejou na última semana nada menos que 20 dos membros do colegiado, que tem 66 titulares e 66 suplentes.

"Queremos que seja reposta a composição da CCJ de quando a denúncia chegou [à comissão]. No nosso entender, é uma forma para alterar o resultado que seria alcançado com a composição original e isso com a liberação de cargos e emendas", disse o deputado Alessandro Molon (Rede-RJ), que pretende procurar outros oposicionistas para ingressar com o mandado.

Eles também vão procurar deputados de partidos governistas que foram substituídos, caso do Delegado Waldir (PR-GO), que, revoltado por ter sido limado da comissão, chamou Temer de "bandido" e o PR de "vendido".

Pelos cálculos da oposição, antes das trocas, o governo perderia por 32 a 30. Agora, depois de todas as mudanças, os adversários do governo dizem que Temer consegue vencer por 38 a 28.

"Isso fere a separação dos Poderes porque é uma ação do Executivo. Você não pode escolher o juiz em função do réu. Não é o réu quem escolhe o juiz", disse Molon.

A oposição chegou a pedir a anulação das trocas na segunda-feira (10), mas o presidente da CCJ, Rodrigo Pacheco (PMDB-MG), disse que elas são permitidas pelo regimento.

"A troca mostra mais vulnerabilidade que força, o que se confirmará em plenário", disse o deputado Ivan Valente (PSOL-SP).

As manobras na CCJ mostram que o governo será alvo de grande infidelidade na votação da denúncia no plenário da Casa. Para que o Supremo Tribunal Federal seja autorizado a analisar a denúncia, é preciso nessa votação do apoio de pelo menos 342 dos 513 deputados.

Apoie o Diário do Litoral
A sua ajuda é fundamental para nós do Diário do Litoral. Por meio do seu apoio conseguiremos elaborar mais reportagens investigativas e produzir matérias especiais mais aprofundadas.

O jornalismo independente e investigativo é o alicerce de uma sociedade mais justa. Nós do Diário do Litoral temos esse compromisso com você, leitor, mantendo nossas notícias e plataformas acessíveis a todos de forma gratuita. Acreditamos que todo cidadão tem o direito a informações verdadeiras para se manter atualizado no mundo em que vivemos.

Para o Diário do Litoral continuar esse trabalho vital, contamos com a generosidade daqueles que têm a capacidade de contribuir. Se você puder, ajude-nos com uma doação mensal ou única, a partir de apenas R$ 5. Leva menos de um minuto para você mostrar o seu apoio.

Obrigado por fazer parte do nosso compromisso com o jornalismo verdadeiro.

VEJA TAMBÉM

ÚLTIMAS

Nacional

Cidades da Baixada se mobilizam para ajudar vítimas no RS; saiba onde doar

Na manhã desta segunda-feira (6), o estado gaúcho contabilizava 345 municípios afetados

Brasil

Após 16 anos preso, Alexandre Nardoni cumprirá pena em regime aberto

O bacharel em Direito, condenado a 30 anos, teve a progressão do regime concedida pela Justiça de São Paulo

©2024 Diário do Litoral. Todos os Direitos Reservados.

Software

Newsletter