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Política

Operação da PF prende Cachoeira e mira ex-presidente de empreiteira

A Polícia Federal deflagrou nesta quinta-feira (30) a Operação Saqueador, que investiga um suposto esquema de lavagem de dinheiro envolvendo verbas públicas federais

Folhapress

Publicado em 30/06/2016 às 12:00

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Movimentação na sede da Polícia Federal no Rio de Janeiro (RJ), durante a Operação Saqueador / jose lucena/Futura Press/Folhapress

A Polícia Federal deflagrou nesta quinta-feira (30) a Operação Saqueador, que investiga um suposto esquema de lavagem de dinheiro envolvendo verbas públicas federais.

O empresário Carlos Augusto Ramos, conhecido como Carlinhos Cachoeira, foi detido em Goiânia.

Também foram expedidos mandados de prisão contra o empresário Adir Assad, já condenado na Lava Jato por lavagem de dinheiro e associação criminosa, e contra o ex-presidente e principal acionista da empreiteira Delta Construções, Fernando Cavendish. No total, o Ministério Público Federal denunciou 23 pessoas.

Nesta manhã, os agentes federais estiveram no apartamento de Cavendish, no Leblon, zona sul do Rio, mas o empresário não foi encontrado.

Entre 2007 e 2012, a Delta teve mais de 96% de seu faturamento vindo de verba pública, algo em torno de R$ 11 bilhões. De acordo com o MPF, R$ 370 milhões foram "lavados" pelos chamados operadores do esquema com pagamentos a 18 empresas de fachada.

Com esse dinheiro, segundo os procuradores, era pago propina a agentes públicos. A maior parte dos pagamentos acontecia em anos de eleição e sempre em dinheiro.

As empresas não existiam e os serviços não eram realizados. Não existiam funcionários e a receita era incompatível com a despesa.

Investigadores da Lava Jato auxiliaram na investigação já que o esquema também foi usado para lavar dinheiro. O STF (Supremo Tribunal Federal) autorizou o uso de trechos da delação de executivos da Andrade Gutierrez.

Segundo o procurador Leandro Metidieri, autor da denúncia, as delações confirmaram que a investigação seguia no "caminho certo".

O juiz responsável pelo caso é Marcelo Bretas, da 7ª Vara da Justiça Federal do Rio de Janeiro. É ele também que está à frente das ações da Eletronuclear, desmembramento da Lava Jato.

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