15 de Outubro de 2024 • 07:39
O ex-deputado federal e ex-secretário do Meio Ambiente de Sergipe Marcio Macedo assumiu nesta segunda-feira, 20, na prática, a tesouraria do PT. Macedo se encontrou com o presidente nacional do partido, Rui Falcão, no início da noite na sede da legenda, em São Paulo. Nenhum dos dois quis falar com a imprensa.
Os dois devem voltar a se encontrar durante o feriado para Macedo começar a tomar pé da situação das finanças partidárias. De manhã, funcionários do escritório de contabilidade que presta serviços ao PT também foram à sede do partido para disponibilizar o material contábil sobre o qual Macedo vai se debruçar.
O novo tesoureiro assume as finanças do PT com pelo menos uma boa notícia. Emissários do Planalto informaram à direção petista que a presidente Dilma Rousseff vai sancionar o projeto de Orçamento da União que aumenta de R$ 327 milhões para R$ 867 milhões o valor total do fundo partidário. A fatia destinada ao PT deve subir de R$ 39 milhões em 2014 para mais de R$ 100 milhões em 2015, segundo cálculos do partido.
Por outro lado, Macedo vai enfrentar o desafio de custear as atividades partidárias sem doações de empresas privadas, proibidas pelo PT desde sexta-feira, 17, por determinação do diretório nacional do partido.
Ele assume no lugar de João Vaccari Neto, preso preventivamente na semana passada sob suspeita de ser um dos operadores do esquema de desvio de dinheiro da Petrobras investigado na Operação Lava Jato. Macedo foi escolhido depois de uma tensa negociação interna na qual Falcão chegou a ameaçar renunciar ao comando do PT caso o tesoureiro não fosse uma pessoa de sua inteira confiança.
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