Depois que violentos confrontos deixaram sete mortos no Egito, a Guarda Republicana ordenou nesta quinta-feira (6) que os manifestantes saíssem da área ao redor do palácio presidencial. Em seguida, os grupos de islamistas começaram a sair do local.
A Presidência anunciou que a Guarda Republicana estabelecesse como prazo o horário das 15h para que os partidários e oponentes do presidente Mohamed Morsi deixassem a área transformada em campo de batalha. Os partidários do presidente egípcio, integrante da organização islamista Irmandade Muçulmana, vêm entrando em confronto com manifestantes da oposição por causa da decisão do presidente de ampliar seus poderes para assim poder impor uma Constituição redigida na maior parte pelos islamistas.
O comandante da Guarda, que começou a deslocar tanques e blindados com tropas para o local para ajudar a polícia, disse que a intenção era separar os adversários, e não reprimi-los. "As forças armadas, e na dianteira, a Guarda Republicana, não serão usados como ferramentas para oprimir os manifestantes", afirmou o general Mohamed Zaki à agência estatal de notícias.
Morsi se manteve em silêncio nos últimos dias de turbulência, mas fará um pronunciamento à nação no fim do dia, segundo uma TV local, que citou como fonte um conselheiro presidencial. Depois dos confrontos que prosseguiram pela noite, as ruas ao redor do palácio amanheceram mais calmas pela manhã, a não ser por um breve período em que manifestantes dos dois lados lançaram pedras uns contra os outros. Dezenas de oposicionistas ainda permanecem na área.