04 de Maio de 2024 • 06:40
Pré-candidato ao governo de São Paulo, Márcio França (PSB) é mais um postulante ao Palácio dos Bandeirantes a dizer que acabaria com o programa de fixação de câmeras nas fardas de policiais militares, uma das principais ações da atual gestão na área de segurança pública.
"Não manteria [a política]. Acho equivocada. É extremamente invasivo a pessoa ter a sua vida pessoal fiscalizada 24 horas", disse França ao programa Amarelas On Air, da revista Veja, nesta terça-feira (19).
Segundo ele, antes de vigiar os PMs, é preciso adotar a mesma medida com relação a autoridades. "Eu sugiro que, antes de fazer nos policiais, coloquem nos gabinetes dos deputados, ou no gabinete do governador, uma câmera 24 horas, para ver se alguém vai se sentir confortável."
Faça parte do grupo do Diário no WhatsApp e Telegram.
Mantenha-se bem informado.
Como mostrou a coluna Painel, da Folha de S.Paulo, o candidato apoiado pelo presidente Jair Bolsonaro (PL), o ex-ministro Tarcísio de Freitas (Republicanos), também já prometeu acabar com as câmeras, caso seja eleito.
As câmeras têm sido apontadas como responsáveis pela redução dos índices de letalidade policial. Além disso, dados da Secretaria da Segurança Pública mostram que em batalhões onde os artefatos são utilizados há menos confrontos violentos envolvendo os agentes de segurança.
Para França, estes dados são irreais, porque refletem a opção de policiais por evitar confrontar o crime.
"Diminui a letalidade porque diminui a frequência das ocorrências. Claro, a confusão está acontecendo aqui, o policial vai para lá. Todo mundo se afastando, porque ninguém gosta de se sentir o tempo todo filmado", diz.
O pré-candidato foi governador durante nove meses em 2018, e perdeu a reeleição por margem estreita para João Doria (PSDB), hoje postulante à Presidência. Durante sua gestão, ele se aproximou bastante das forças de segurança do estado.
Polícia
Ainda não há informações sobre as identidades dos dois cadáveres
Cotidiano
De acordo com a Secretaria Estadual de Saúde (SES), outras 17 mortes estão sob investigação.