04 de Maio de 2024 • 06:21
Grupos anti-Dilma dividem-se sobre os atos marcados para este domingo / Fotos Públicas
Principais organizadores dos atos contrários à presidente afastada, Dilma Rousseff, que mobilizaram centenas de milhares de pessoas em 2015 e neste ano, o MBL (Movimento Brasil Livre) e o Vem Pra Rua não estarão juntos neste domingo (31) na avenida Paulista, em São Paulo. O motivo é a previsão do MBL de que a manifestação terá baixa adesão.
"É final das férias escolares. Querendo ou não, o nosso público não é militante do MBL, a gente mobiliza a sociedade civil", afirmou Kim Kataguiri, um dos líderes do grupo e colunista da Folha de S.Paulo.
Ele disse também que a alteração do calendário do impeachment no Senado pesou na decisão do movimento de adiar o seu protesto.
"Preferimos focar os nossos esforços em um ato mais próximo do dia ou no próprio dia [da votação do impeachment]", concluiu.
O grupo avalia que a população não sente mais urgência com esse tema e chegou a propor formatos de protestos menores e fora da Paulista.
Rogério Chequer, líder do Vem Pra Rua, diz crer que a avenida estará cheia. Mas ressalva: "Ninguém quer bater recorde. Estamos mal-acostumados [com o tamanho dos atos de março]".
Chequer reitera que há atos confirmados em 201 municípios de 26 Estados (apenas Roraima não terá protesto) e em 7 cidades no exterior.
Pró-Dilma
Favorável a Dilma, a Frente Povo Sem Medo, formada por entidades como MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem Teto) e CUT (Central Única dos Trabalhadores), além de partidos como PT e PC do B, também convocou atos para este domingo.
Segundo Guilherme Boulos, líder do MTST e colunista da Folha, a lista de cidades não estava fechada até as 13h, mas inclui Rio, Fortaleza, João Pessoa, Curitiba, Goiânia, Recife, Belo Horizonte, Salvador e Porto Alegre. Haverá também atos pró-Dilma em sete cidades no exterior.
Em São Paulo, a concentração será no largo da Batata, em Pinheiros.
Polícia
Ainda não há informações sobre as identidades dos dois cadáveres
Cotidiano
De acordo com a Secretaria Estadual de Saúde (SES), outras 17 mortes estão sob investigação.