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Política

Dilma: todo mundo acha que o ajuste tira; o ajuste reajusta

Para a presidente as dificuldades do País são conjunturais e que os cortes no Orçamento não afetarão programas sociais do governo

Pedro Henrique Fonseca

Publicado em 24/03/2015 às 18:25

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A presidente Dilma Rousseff defendeu nesta terça-feira, 24, com veemência, o ajuste fiscal praticado pelo governo a partir de 2015. Durante cerimônia de assinatura da Medida Provisória (MP) com a política de reajuste do salário mínimo entre 2016 e 2019, ela disse que as dificuldades do País são conjunturais e que os cortes no Orçamento não afetarão programas sociais do governo. "O ajuste não tira, o ajuste reajusta", definiu.

"Nos últimos anos, tivemos de segurar no Orçamento uma série de medidas contracíclicas, tentando manter o nível da atividade econômica. Desoneramos sistematicamente e tentamos de todas as formas impedir que o Brasil tivesse uma crise em profundidade", afirmou. "Muitas pessoas dizem que não foi suficiente, mas elas não olham o que teria acontecido se não adotássemos essas medidas", completou.

Para Dilma, as dificuldades atuais são conjunturais. "A situação atual é que tivemos queda muito grande na arrecadação. O País tem uma economia sólida, sem desequilíbrios, sem endividamento excessivo ou perda de controle do Estado", alegou. "Não temos fragilidade frente às flutuações da economia internacional, pois temos reservas expressivas", complementou.

A presidente ainda alfinetou governos passados, ao afirmar que em crises anteriores o Brasil quebrava por não aguentar turbulências do mercado internacional. "Hoje, nós estamos enfrentando a crise", disse, acrescentando que essa fase também decorre de fatores "incontroláveis", como a seca. "A seca está diminuindo, os reservatórios têm aumento importante e tudo isso começa a reequilibrar o País novamente", disse.

A presidente Dilma Rousseff defendeu o ajuste fiscal praticado pelo governo a partir de 2015 (Foto: Roberto Stuckert Filho)

Dilma citou como exemplo o Programa de Sustentação do Investimento (PSI), que tinha taxas de juros de 2,5% a 4%. "Hoje os juros do PSI são maiores porque não temos dinheiro para compensar um juro mais baixo. Hoje, temos recursos para juros de 6% a 9%", argumentou.

A presidente também citou a desoneração da folha de pagamento, que, segundo ela, foi adotada para diminuir a desigualdade na competição do Brasil com outros países. "Não acabamos com a desoneração da folha. Demos opção para quem não se sentir em condições na nova situação que possa voltar para a forma anterior sem perda", disse.

"Mantemos hoje toda a desoneração do investimento, não mexemos nela. Ela continua no lugar onde deve estar, pois é fundamental para País que quer crescer. Não mexemos na desoneração da cesta básica. Pela primeira vez no Brasil, a cesta básica é integralmente desonerada", completou.

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