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Política

Dilma: por 21 anos ditadura calou nossas liberdades

"Devemos isso a todos os que morreram e desapareceram. Devemos aos torturados e aos perseguidos. Devemos às suas famílias. Devemos a todos os brasileiros", afirmou a presidente

Publicado em 31/03/2014 às 13:50

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A presidente Dilma Rousseff usou seu tempo de discurso durante a cerimônia de assinatura da construção de ponte sobre o Rio Guaíba, no Rio Grande do Sul, para lembrar o Golpe de 1964, que completa 50 anos nesta segunda-feira, 31. Dilma afirmou que o projeto da ponte cumpriu todo o trâmite burocrático necessário nas "instituições ativas e democráticas" do Brasil, algo que o País havia perdido na ditadura militar.

"Por 21 anos, nossas instituições, nossas liberdades, nossos sonhos foram calados", afirmou a presidente referindo-se ao tempo em que o Brasil foi governado sob o regime militar. Dilma disse que o brasileiro aprendeu o valor da liberdade, de poderes legislativo e judiciário independentes, além do valor da liberdade de imprensa e de eleger pelo voto direto e secreto. Nesse ponto, Dilma fez referência ao próprio mandato e ao mandato dos ex-presidentes Lula e Fernando Henrique Cardoso: "Aprendemos, por exemplo, o valor de eleger um ex-exilado, um líder sindical que foi preso várias vezes e uma mulher que também foi prisioneira", disse.

Dilma lembrou as manifestações de junho de 2013 e disse que o Brasil teve um diferencial por não abafar os fatos. A presidente prestou ainda uma homenagem às vítimas da ditadura dizendo que é preciso lembrar e contar o que aconteceu. "Devemos isso a todos os que morreram e desapareceram. Devemos aos torturados e aos perseguidos. Devemos às suas famílias. Devemos a todos os brasileiros", afirmou.

Dilma lembrou as manifestações de junho de 2013 e disse que o Brasil teve um diferencial por não abafar os fatos (Foto: Divulgação)

A presidente disse que reconhece e valoriza os fatos políticos que levaram à redemocratização, um processo que, segundo ela, foi construído passo a passo durante cada um dos governos eleitos depois da ditadura.

"Se existem filhos sem pais, se existem pais sem túmulos, se existem túmulos sem corpos, nunca pode existir uma história sem voz", ponderou. "Quem dá voz à história somos nós", concluiu a presidente.

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