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'ABIN PARALELA'

De 'miliciano' a 'perseguição', políticos de SP comentam operação contra Carlos Bolsonaro

Boulos usou o termo 'milicianos', enquanto Suplicy falou que computador da Abin estar na casa de Carlos é 'gravíssimo'; por outro lado, Gil Diniz qualificou ação como 'perseguição'

Bruno Hoffmann

Publicado em 29/01/2024 às 11:59

Atualizado em 31/01/2024 às 07:47

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Carlos Bolsonaro / Renan Olaz/CMRJ

Uma série de lideranças políticas paulistas comentou na manhã desta segunda-feira a operação da Polícia Federal contra pessoas do núcleo político que teriam recebido informações da "Abin paralela” durante o governo de Jair Bolsonaro (PL). Um dos alvos foi o vereador carioca Carlos Bolsonaro (PL), filho do ex-presidente.

O deputado federal Guilherme Boulos (PSOL) usou o termo “milicianos” para se referir aos supostos envolvidos no esquema. “Passou de todos os limites! Temos o dever de limpar a política brasileira deste grupo de milicianos que desprezam a democracia”, escreveu Boulos pela rede social X.

“Que a Polícia Federal e a Justiça façam sua parte. Em São Paulo, faremos a nossa”, completou ele, que também é pré-candidato à prefeitura da Capital.

Segundo o deputado estadual Eduardo Suplicy, a indicação de que a PF teria encontrado um computador da Abin na casa de Carlos é algo “gravíssimo” (a informação depois se mostrou falsa).

“É importante apurar a suspeita da PF que a Abin atuou, durante o governo Bolsonaro, como braço de coleta de informações ilegais e como fonte de informações falsas, depois compartilhadas nas redes sociais por perfis de extrema direita. Estamos em um ano eleitoral e as fake news não podem mais ditar o tom das campanhas”, disse o parlamentar.

Já o deputado federal Alencar Santana (PT), pré-candidato à Prefeitura de Guarulhos, questionou: “Espionagem em massa de opositores, computador da ABIN onde não deveria estar, fuga em lancha... o que falta mais nessa história envolvendo a família Bolsonaro?”.

Por outro lado, o deputado estadual Gil Diniz (PL) qualificou a ação da PF como “perseguição”. Ele é apoiador da família Bolsonaro.

“Mais um dia de perseguição aos opositores do regime! Hoje a vítima é Carlos Bolsonaro. Vale notar que a cortina de fumaça vem no dia que se divulga o déficit primário das contas públicas do (des)Governo do descondenado, 230,5 bilhões de reais. Minha solidariedade ao Vereador Carlos Bolsonaro e a todas as vítimas dessa perseguição abjeta!”, escreveu, pelo Instagram.

A busca e apreensão foi autorizada na casa de Carlos, na Barra da Tijuca, e no seu gabinete na Câmara Municipal do Rio de Janeiro. A PF também fez buscas em Angra dos Reis (RJ), onde estava o vereador.

Assessores do parlamentar também foram alvos da operação. Ao todo,  foram cumpridos um mandado em Angra dos Reis, cinco no Rio de Janeiro, um em Brasília, um em Formosa (GO) e outro em Salvador.

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