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Política

Cardozo reage à ameaça de black blocs de ações na Copa

Eles prometeram transformar a Copa "num caos" e que anunciaram associação de esforços para as manifestações com o Primeiro Comando da Capital

Pedro Henrique Fonseca

Publicado em 02/06/2014 às 00:47

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O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, reagiu às declarações de black blocs, publicadas pelo jornal "O Estado de S. Paulo" neste domingo, 1, que prometeram transformar a Copa "num caos" e que anunciaram associação de esforços para as manifestações com o Primeiro Comando da Capital (PCC). "É inadmissível a união pelo crime", desabafou, em entrevista ao jornal. "É inadmissível que pessoas queiram se associar ao crime para fazer reivindicações", declarou o ministro. E avisou: "Não toleraremos abuso de qualquer natureza e as pessoas que praticarem ilícitos responderão nos termos da lei penal".

Cardozo assegurou que o governo está monitorando todos os setores considerados estratégicos, que poderão criar algum tipo de problema, e salientou que "existe uma cooperação entre os serviços de inteligência dos governos federal e estadual para acompanhar as mais diversas situações".

Apesar de os jovens que deram entrevista ao jornal dizerem que não são monitorados pela polícia, o ministro informou que o governo monitora diversos segmentos e que não pode detalhar onde por se tratar de informação de inteligência. Salientou ainda que todos os setores das instâncias governamentais estão integradas e "preparadas para todas as situações".

Em sua fala, o ministro Cardozo destacou que as autoridades policiais "estão prontas para qualquer situação" e todas as medidas de segurança foram tomadas. "Estamos muito seguros que teremos bom padrão de segurança na Copa e estamos preparados para enfrentar situações desta natureza."

Cardozo assegurou que o governo está monitorando todos os setores considerados estratégicos (Foto: Agência Brasil)

Equívoco

O ministro José Eduardo Cardozo criticou ainda a motivação dos jovens para fazerem as manifestações, que alegaram que esta era uma forma de exigir que o Estado prestasse os serviços direito para a população. "Se alguém acha que vai melhorar o mundo com este tipo de método, incorre em um equívoco reprovável por toda a sociedade brasileira", afirmou ele acentuando que "a lei existe e será cumprida".

Após lembrar que a Copa das Confederações no ano passado serviu de excelente preparação para Copa do Mundo, o ministro Cardozo citou que há um bom número de pessoas envolvidas preparadas e a postos para evitar danos às pessoas e ao patrimônio. Ele lembrou que as manifestações são permitidas e fazem parte da democracia, mas que o governo não irá tolerar abusos. "O que temos de fazer sempre é evitar o abuso, o abuso de qualquer natureza. Por isso, temos dialogado muito com as polícias dos Estados e isso me leva a crer que teremos uma intervenção pronta e eficiente das autoridades policiais", avisou.

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