Política

Bolsonaro conversa com economista Paulo Guedes para a Fazenda

Segundo o deputado, ambos conversaram em duas oportunidades, em encontros que duraram aproximadamente oito horas

Folhapress

Publicado em 27/11/2017 às 18:30

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Jair Bolsonaro afirmou que conversa com o economista Paulo Guedes para ser o seu ministro da Fazenda / Divulgação/Fotos Públicas

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O pré-candidato à Presidência e deputado federal Jair Bolsonaro (PSC-RJ) afirmou nesta segunda-feira (27) que conversa com o economista Paulo Guedes para ser o seu ministro da Fazenda, caso seja eleito em 2018. Segundo o deputado, ambos conversaram em duas oportunidades, em encontros que duraram aproximadamente oito horas.

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"Ainda não existe um noivado entre nós, mas um namoro", disse Bolsonaro em evento promovido pela revista "Veja". "Se a gente teve um segundo encontro é porque houve uma certa simpatia".

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Bolsonaro disse que procurou alguém crítico a planos econômicos passados, como o plano cruzado e o real. Ele e Guedes conversaram sobre a Previdência, como arrecadar mais com menos impostos e diminuir a dívida pública, entre outros assuntos. O economista é um dos fundadores do banco Pactual e do grupo financeiro BR Investimentos.

Ainda sobre economia, Bolsonaro afirmou que terá como prioridade a manutenção do tripé econômico (regimes de metas de inflação, fiscal e câmbio flutuante).

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'Não é policial'

Com discurso mais liberal adotado nos últimos dias, o pré-candidato não deixou as polêmicas de lado nesta segunda (27). Ele defendeu, por exemplo, a participação dos 20 policiais que estão envolvidos na morte de 356 pessoas no Rio de Janeiro.

"Policial que não mata não é policial", disse Bolsonaro ao comentar reportagem publicada pelo jornal "O Globo". Segundo ele, esses policiais devem ser condecorados.

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Questionado por um espectador se criaria uma "bolsa-fuzil", o pré-candidato respondeu que essa seria uma boa ideia.

Quando perguntado se iria entregar metade dos ministérios aos militares, Bolsonaro ironizou. "Até pouco tempo, durante o governo PT, tínhamos ministros corruptos e guerrilheiros e ninguém falava nada", disse, arrancando risos e aplausos da plateia.

Segundo ele, o atual ministro da Defesa, Raul Jungmann, é desarmamentista, um fato que, segundo ele, é "inaceitável". "É a mesma coisa que você colocar em uma cirurgia um médico que tem nojinho de sangue".

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Questão de momento

O pré-candidato comentou também declarações antigas que, à época, tiveram grande repercussão, como por exemplo a afirmação de que, para se mudar a situação do país, é necessário "uma guerra civil", além de matar "uns 30 mil", incluindo inocentes e o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso.

Para Bolsonaro, entretanto, tudo foi "uma questão de momento". "Se o [ditador norte-coreano] Kim Jong-Un lançasse uma bomba H em Brasília e só atingisse o Parlamento, você acha que alguém iria chorar?", justificou, provocando mais risos e aplausos do público.

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Em relação ao fim do foro privilegiado, Bolsonaro afirmou o projeto é um "engodo" e que pretende votar a favor do privilégio aos políticos. Segundo ele, com o fim do foro, os parlamentares, ao recorrerem de seus processos em primeira instância, poderiam ganhar tempo até que se tenha uma decisão final.

Sobre política externa, Bolsonaro criticou a relação do Brasil com a China dizendo que o que existe não é amizade, mas sim interesse. "A China não está comprando no Brasil, mas sim o Brasil".

Para se eleger em 2018, Bolsonaro disse que tem como premissas a verdade acima de tudo, o patriotismo ea honestidade, além de "Deus no coração".

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